quinta-feira, 26 de julho de 2018

Pesquisadores debatem energia renovável como alternativa para o Semiárido

O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária (SARA), receberá na próxima terça-feira, dia 31, o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Dr. Paulo Nobre, para ministrar a palestra “Energias renováveis, produção de alimentos e água no Semiárido frente às mudanças climáticas”, a partir das 10h no Auditório Ruy Carlos do Rêgo Barros Ramos na sede do Instituto, em San Martin.

O encontro faz parte de uma ação da rede de pesquisadores Ecolume, desenvolvimento pelo IPA em parceria com a UFPE, EMBRAPA, INPE, INSA, IFSERTÃO, SERTA, VERTSOL e SEMAS, financiado pelo CNPq, que integra de forma pioneira no Semiárido de Pernambuco métodos sinérgicos de segurança hídrica, energética e alimentar no convívio com o bioma da Caatinga, frente aos desafios impostos pelos efeitos das mudanças climáticas globais.

O Dr. Paulo Nobre possui graduação em Meteorologia pela Universidade de São Paulo; mestrado em Meteorologia pelo INPE; doutorado em Meteorologia pela University of Maryland e pós-doutorado pela Columbia University. Atualmente é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, responsável pelo Grupo de Modelagem Acoplada Oceano-Atmosfera do CPTEC e Coordenador do desenvolvimento do Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre – BESM, entre outros trabalhos de igual importância na área.

O encontro reunirá não só pesquisadores e estudiosos do tema do IPA, mas também de várias entidades de classe representativa devido à importância e inovação a que se propõe o projeto Ecolume, no alcance de boas iniciativas de produção e segurança alimentar no semiárido. “Na questão da segurança alimentar, o paradigma basilar proposto consiste na produção de alimentos consorciada com o Bioma, enquanto para a questão energética a proposta é a utilização da abundante energia solar pela transformação fotovoltaica local”, diz Francis Lacerda, meteorologista do Departamento de Climatologia IPA e coordenadora do projeto, completando que “as atividades são desenvolvidas no contexto socioeconômico local em perspectiva aos conceitos da ‘economia verde’, que contemplam as inteligências do Bioma Caatinga na gerência da gota d'água, na presença da energia abundante do Sol”.

Para a presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco, Nedja Moura, “a estratégia é um futuro sustentável que permitirá antever um efetivo processo de aumento da renda na região Nordeste, com a promoção de uma economia socialmente justa e menos vulnerável aos efeitos das secas associada à variabilidade natural do clima e de suas alterações”.

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