sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Projeto São Francisco construirá casas para 98 famílias quilombolas em Pernambuco

As casas de taipa de 98 famílias quilombolas de Pernambuco serão substituídas por construções de alvenaria nos municípios de Cabrobó, Carnaubeira da Penha e Mirandiba, no sertão do Estado. A ação é promovida por meio de parceria entre Ministério da Integração Nacional (MI) – que gerencia o Projeto de Integração do Rio São Francisco – e Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Os contratos foram assinados na última semana, em Recife (PE).

As famílias quilombolas beneficiadas residem na região de abrangência dos canais do Eixo Norte e do Eixo Leste da maior obra de infraestrutura hídrica do País. A expectativa é que as novas moradias, cuja entrega está prevista para 2016, contribuam com as condições de saúde dessas populações tradicionais, especialmente no que diz respeito à diminuição da incidência da doença de Chagas – casas de taipa favorecem a proliferação do barbeiro, transmissor da enfermidade.

A parceria para a execução dos Programas Básicos Ambientais do Projeto de Integração do Rio São Francisco já garantiu a entrega de 588 casas. As obras custarão R$ 2,8 milhões e serão executadas pelas empresas RM e Evidência. Com a construção das 98 residências restantes, o Ministério terá concluído ação prevista no programa 12 (Desenvolvimento de Comunidades Indígenas) e no programa 17 (Desenvolvimento de Comunidades Quilombolas).

Projeto São Francisco

Orçado em R$ 8,2 bilhões, o Projeto de Integração do Rio São Francisco prevê recursos de quase R$ 1 bilhão (quase 12% do total) para programas básicos ambientais, em conformidade com as condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Trata-se do mais significativo volume de investimentos nas questões socioambientais e arqueológicas do semiárido setentrional. As ações desenvolvidas pelos 38 programas ambientais do projeto possibilitam o conhecimento aprofundado do bioma caatinga, não só no âmbito da fauna e da flora, mas também em diversos aspectos econômico-sociais, arqueológicos e na melhoria de condições de vida de comunidades indígenas e quilombolas na área de impacto do projeto.

O projeto é a mais relevante iniciativa do Governo Federal dentro Política Nacional de Recursos Hídricos. O objetivo é garantir a segurança hídrica para 390 municípios no Nordeste Setentrional, onde a estiagem ocorre frequentemente, beneficiando mais de 12 milhões de habitantes.

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