terça-feira, 28 de julho de 2015

Paulo instala grupo de trabalho integrado para enfrentar a violência no futebol‏

Colegiado, que tem representantes de vários poderes e entidades, será comandado pelo vice-governador



Coibir a violência dentro e fora dos estádios de futebol através de uma ação integrada. Com esse objetivo, o governador Paulo Câmara instalou, nesta terça-feira (28), um grupo de trabalho para tratar do tema. Para comandar os esforços, o chefe do Executivo estadual escalou o vice-governador Raul Henry, que defendeu uma atuação “permanente” e “sistemática”. O encontro, que aconteceu no Salão das Bandeiras, no Palácio do Campo das Princesas, reuniu secretários estaduais; representantes de órgãos operativos da Polícia de Pernambuco; de várias instâncias do Judiciário; do Ministério Público; da Prefeitura do Recife; da Federação Pernambucana e dos times da capital; além de empresas e órgãos de transporte público de passageiros. Todas as entidades passaram a integrar o colegiado.

Ao lado da primeira-dama do Estado, Ana Luiza Câmara, o governador escutou atentamente as sugestões e avaliações dos integrantes do Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Violência no Futebol, como ficou denominado o colegiado. Ao final da reunião, Paulo garantiu que não faltará dedicação e determinação na busca de alternativas para resolução da questão. “Não tenho dúvidas de que, ao longo de todo esse processo, vamos ter êxito e também uma política de prevenção à violência nos estádios. Para nós, isso é fundamental; faz parte do que pensamos sobre segurança e políticas públicas. Também reforça o Pacto pela Vida e dá, cada vez mais, a conotação da paz que queremos criar em nosso Estado”, argumentou.

O chefe do Executivo estadual pontuou ainda que o diagnóstico já na instalação do grupo de trabalho foi muito preciso. "Pelos depoimentos que aqui foram relatados, já sabemos que vocês têm estudado a questão e já sabem onde atacar. Vamos nos unir; não mediremos esforços em termos de metodologia e ação. Empenho não vai faltar; nem nosso e nem dos senhores. E, assim, vamos avançar muito", destacou Paulo Câmara.

Com a instalação do grupo de trabalho multidisciplinar, o próximo passo é traçar uma estratégia que compreenda ações de curto, médio e longo prazos; no âmbito da segurança e mobilidade. Para tanto, foi agendada a primeira reunião de trabalho, que acontece nesta quinta-feira (30), a partir das 16h, na Secretaria estadual de Planejamento de Gestão (Seplag). “O diagnóstico tem que ser amplo para que a gente tome as providências e faça, de fato, com que funcione. Queremos aperfeiçoar o que já está funcionando, corrigir eventuais falhas e ter um trabalho sistemático e permanente para resolver o problema da violência e da mobilidade”, ressaltou Raul Henry. O encontro também servirá para definir novas ações que garantam a segurança e facilitem mobilidade já na rodada deste final de semana.

Ao avaliar o momento como um encontro de “posições convergentes”, o vice-governador afirmou que a “receita do sucesso" está na promoção de uma ação integrada. “Um programa de trabalho como esse só funciona com uma ação coordenada, coletiva e conjunta; para que o Estatuto do Torcedor possa ser efetivamente aplicado e também o Código Penal, quando for o caso”, defendeu Henry. "Temos que realizar uma ação de Estado para o cidadão que quer ter o direito de sair de casa em paz, ir para um jogo de futebol torcer pelo seu time e voltar para casa em segurança”.

Coordenador nacional do Comitê de Violência Urbana Decorrente de Intolerância Desportiva, o juiz Ailton Alfredo Souza avaliou a iniciativa como um “marco histórico”. “Ao chamar esse assunto para mesa, o governador mostra que o poder de aglutinação de forças no Estado tem a capacidade de reunir todas as instituições, deixando de ser uma ação isolada, passando a ser uma ação de Estado”, elogiou.  Para Fernando Bandeira, presidente Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado de Pernambuco (Urbana-PE), a reunião foi “extremamente positiva”. “Faltava isso para que pudéssemos resolver, em definitivo, o problema da violência nos estádios”, comentou.

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