quinta-feira, 7 de julho de 2011

Senadores do governo e oposição reforçam críticas de Armando

O senador Armando Monteiro (PTB) considerou preocupante o fato de o Brasil gastar 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) com o pagamento dos serviços da dívida pública. Conforme observou, a média de comprometimento das riquezas geradas pelos países emergentes com essa despesa é inferior a 2%.

O fato de o país ainda ostentar taxa de juros básica com dois dígitos também gerou protestos do parlamentar. Essas duas circunstâncias - aliadas a excessos nos gastos públicos e à demora na conclusão de reformas estruturantes, como a tributária e a previdenciária - estariam restringindo a capacidade do governo de ampliar investimentos no setor produtivo.

Seis senadores se solidarizaram com a manifestação de Armando Monteiro. Enquanto Demóstenes Torres, do DEM de Goiás, reclamou que os gastos públicos continuam excessivos, mesmo com o corte orçamentário de R$ 50 bilhões, Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu a quebra do círculo vicioso entre dívida, juros e gastos públicos. “(O senhor fez) um pronunciamento digno de um estadista. Essa é uma discussão acima de lados. Não se trata de uma discussão de governo e oposição; trata-se de uma discussão para procurar o caminho do Brasil. Esse é um discurso que a própria presidente deveria ouvir, entender e cumprir”, ressaltou Demóstenes.

“O senhor está usando a palavra-chave: agenda. Temos fugido dessa palavra. Qual é a agenda da economia brasileira? Há pouco, eu disse aqui que a economia brasileira está bem, mas não vai bem. Ela está bem pelos indicadores conjunturais; ela não vai bem, se analisarmos os entraves adiante, um dos quais o senhor está colocando, ou mais de um: esse da dívida, dos juros e dos gastos públicos, que são uma coisa só. São três coisas juntas”, disse Buarque, durante o aparteao discurso de Armando.

 Em seguida, Jayme Campos (DEM-MT) clamou por mais investimentos em infraestrutura e logística; Casildo Maldaner (PMDB-SC) reforçou o apelo por mais eficiência nas despesas públicas; José Agripino (DEM-RN) responsabilizou o custo da dívida pública pela contenção de investimentos em infra-estrutura. O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) também dirigiu considerações nesse sentido.

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