Além da coleta do óleo e dos trabalhos de contenção e prevenção realizados diariamente, as equipes do Governo de Pernambuco começaram, nesta quinta-feira (24.10), a recolher amostras de água das praias atingidas. O objetivo é verificar se existe presença de hidrocarbonetos, compostos orgânicos presentes no petróleo e que, em grandes concentrações, podem causar danos à saúde. Todo material recolhido será encaminhado para análise no laboratório Organomar, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que fechou uma parceria com a Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH para fazer os estudos.
A coleta aconteceu no Litoral Sul do Estado, nas praias do Paiva, São José da Coroa Grande, Tamandaré, Carneiros, Maracaípe, Muro Alto, Suape, Itapuama, Gaibú e Pedra do Xaréu. O trabalho é feito por profissionais do laboratório da CPRH, com o apoio dos professores do departamento de Oceanografia da UFPE Gilvan Yogui e Eliete Lamardo, especialistas em poluição marinha por petróleo. A amostra é composta por cerca de um litro de água, coletada no mar a uma distância de, no mínimo, 500 metros da outra. Nesta sexta-feira (25.10), a atividade acontecerá nas praias do Janga e Pau Amarelo, no Paulista, além do município de Itamaracá.
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Bertotti, explicou que esse tipo de análise permite conferir se existe resquício de contaminação que, porventura, possa ter ficado nas praias, embora o volume de água do oceano favoreça um grau de diluição muito grande para a quantidade que chegou às areias pernambucanas. “A CPRH preza pela qualidade técnica para garantir a boa informação à população e para divulgar o resultado dessas análises, que são muito específicas, pois não é comum ter esse tipo de substância nas águas do litoral pernambucano. Com essa iniciativa, o Governo do Estado quer garantir a qualidade das nossas praias e a segurança dos pernambucanos”, afirmou o Bertotti.
Para a pesquisadora da UFPE Eliete Lamardo, que já atuou em um desastre ambiental da mesma natureza em São Paulo, em 1994, caso não haja nova entrada de manchas de óleo no litoral, esse material – hidrocarboneto - não deve demorar muito na água. "No entanto, somente com os resultados das análises químicas em mãos, será possível quantificar se os índices encontrados são toleráveis e o próprio organismo pode lidar, ou se será preciso algum tipo de restrição”, explicou.
BALANÇO – Nesta quinta-feira (24.10), o total de óleo coletado pelo Governo do Estado desde o primeiro dia nas praias pernambucanas atingidas chegou 1.358 toneladas. Todo o material já foi entregue ao Centro de Tratamento de Resíduos Pernambuco. Hoje, as manchas de óleo foram localizadas em outras 8 praias - todas com fragmentos de pequenas proporções - e um estuário. São eles: Praia de Jaguaribe, do Pilar e Enseada dos Golfinhos, na Ilha de Itamaracá; Praia de Gaibú, no Cabo de Santo Agostinho; e a Praia de Nossa Senhora do Ó, no Paulista. Ao todo, já são 28 praias atingidas em dez municípios, sendo duas em Tamandaré, uma em Barreiros, cinco em Sirinhaém; quatro em Ipojuca; uma em Rio Formoso; sete no Cabo de Santo Agostinho; uma em Jaboatão dos Guararapes; uma em São José da Coroa Grande; três no Paulista e três na Ilha de Itamaracá.
Cerca de 400 pessoas de diversos órgãos estaduais, além de 90 reeducandos, seguem realizando os trabalhos de remoção, contenção e prevenção. O efetivo, que já implementou 2.145 metros de barreiras de contenção em diversas praias e rios atingidos, também conta com a ajuda de vários equipamentos. Entre eles, três helicópteros, sendo um da Secretaria de Defesa Social, um da Marinha e um do Ibama; uma aeronave do Ibama; 30 viaturas (Governo do Estado); 21 viaturas (Forças Armadas); 10 embarcações (Governo do Estado); três barcos da Marinha do Brasil; 10 Caminhões; e 16 caixas estacionárias distribuídas nos municípios litorâneos para acondicionamento temporário do óleo.
O Governo de Pernambuco também está adquirindo e distribuindo milhares de equipamentos de proteção individual (EPIs), materiais de limpeza, combustível e alimentos. Até hoje, foram entregues 17.250 máscaras, 12.140 pares de luvas, 3.211 pares de botas, 6.368 sacos de ráfia, 1.366 tambores e bombonas, 5.866 sacos plásticos, 7.565 big bags além de alimentos, estopa, pás, baldes, ciscadores e protetor solar.
Fotos: Hélia Scheppa/SEI
A coleta aconteceu no Litoral Sul do Estado, nas praias do Paiva, São José da Coroa Grande, Tamandaré, Carneiros, Maracaípe, Muro Alto, Suape, Itapuama, Gaibú e Pedra do Xaréu. O trabalho é feito por profissionais do laboratório da CPRH, com o apoio dos professores do departamento de Oceanografia da UFPE Gilvan Yogui e Eliete Lamardo, especialistas em poluição marinha por petróleo. A amostra é composta por cerca de um litro de água, coletada no mar a uma distância de, no mínimo, 500 metros da outra. Nesta sexta-feira (25.10), a atividade acontecerá nas praias do Janga e Pau Amarelo, no Paulista, além do município de Itamaracá.
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Bertotti, explicou que esse tipo de análise permite conferir se existe resquício de contaminação que, porventura, possa ter ficado nas praias, embora o volume de água do oceano favoreça um grau de diluição muito grande para a quantidade que chegou às areias pernambucanas. “A CPRH preza pela qualidade técnica para garantir a boa informação à população e para divulgar o resultado dessas análises, que são muito específicas, pois não é comum ter esse tipo de substância nas águas do litoral pernambucano. Com essa iniciativa, o Governo do Estado quer garantir a qualidade das nossas praias e a segurança dos pernambucanos”, afirmou o Bertotti.
Para a pesquisadora da UFPE Eliete Lamardo, que já atuou em um desastre ambiental da mesma natureza em São Paulo, em 1994, caso não haja nova entrada de manchas de óleo no litoral, esse material – hidrocarboneto - não deve demorar muito na água. "No entanto, somente com os resultados das análises químicas em mãos, será possível quantificar se os índices encontrados são toleráveis e o próprio organismo pode lidar, ou se será preciso algum tipo de restrição”, explicou.
BALANÇO – Nesta quinta-feira (24.10), o total de óleo coletado pelo Governo do Estado desde o primeiro dia nas praias pernambucanas atingidas chegou 1.358 toneladas. Todo o material já foi entregue ao Centro de Tratamento de Resíduos Pernambuco. Hoje, as manchas de óleo foram localizadas em outras 8 praias - todas com fragmentos de pequenas proporções - e um estuário. São eles: Praia de Jaguaribe, do Pilar e Enseada dos Golfinhos, na Ilha de Itamaracá; Praia de Gaibú, no Cabo de Santo Agostinho; e a Praia de Nossa Senhora do Ó, no Paulista. Ao todo, já são 28 praias atingidas em dez municípios, sendo duas em Tamandaré, uma em Barreiros, cinco em Sirinhaém; quatro em Ipojuca; uma em Rio Formoso; sete no Cabo de Santo Agostinho; uma em Jaboatão dos Guararapes; uma em São José da Coroa Grande; três no Paulista e três na Ilha de Itamaracá.
Cerca de 400 pessoas de diversos órgãos estaduais, além de 90 reeducandos, seguem realizando os trabalhos de remoção, contenção e prevenção. O efetivo, que já implementou 2.145 metros de barreiras de contenção em diversas praias e rios atingidos, também conta com a ajuda de vários equipamentos. Entre eles, três helicópteros, sendo um da Secretaria de Defesa Social, um da Marinha e um do Ibama; uma aeronave do Ibama; 30 viaturas (Governo do Estado); 21 viaturas (Forças Armadas); 10 embarcações (Governo do Estado); três barcos da Marinha do Brasil; 10 Caminhões; e 16 caixas estacionárias distribuídas nos municípios litorâneos para acondicionamento temporário do óleo.
O Governo de Pernambuco também está adquirindo e distribuindo milhares de equipamentos de proteção individual (EPIs), materiais de limpeza, combustível e alimentos. Até hoje, foram entregues 17.250 máscaras, 12.140 pares de luvas, 3.211 pares de botas, 6.368 sacos de ráfia, 1.366 tambores e bombonas, 5.866 sacos plásticos, 7.565 big bags além de alimentos, estopa, pás, baldes, ciscadores e protetor solar.
Fotos: Hélia Scheppa/SEI
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