De uma só vez, Pernambuco ganhou seis novas fábricas. Nesta quinta-feira (16), em solenidade no Palácio do Campo das Princesas, o governador Eduardo Campos assinou o protocolo de intenções para a instalação das novas indústrias em Pernambuco. Elas serão construídas em cidades de todas as regiões do Estado e juntas somam um investimento de quase R$ 70 milhões e 1,8 mil empregos.
Catende, Sirinhaém, Paulista, Glória do Goitá, Caruaru e Carnaíba foram os municípios pernambucanos escolhidos para sediar as novas empresas que chegam ao Estado. A AD Diper intermediou todas as negociações entre investidores e cidades-sede. Os novos empreendimentos são dos mais variados segmentos: da indústria têxtil até a automobilística. Todos iniciam as suas operações a partir do primeiro semestre de 2012.
“Olhamos para dentro de casa e vimos que era preciso vencer a centralização do desenvolvimento, levando os empreendimentos para fora de Suape e da Região Metropolitana. Era fazer do interior de Pernambuco, assim como o Nordeste é hoje para o Brasil, a solução do desenvolvimento sustentado e sustentável”, discursou o governador, na cerimônia que reuniu secretários estaduais, representantes das empresas, prefeitos e deputados estaduais e federais.
É da paulista Casa & Art, que atua no ramo de móveis projetados e na linha comercial de mobiliário, o maior montante de investimentos: R$ 23 milhões. A sua planta fabril será erguida numa área de 13 mil hectares no município de Catende, Mata Sul pernambucana. A Casa & Art vai inaugurar em Pernambuco um modelo de franquias e lojas da empresa, de olho no mercado externo. Com a sua segunda planta fabril no Pais, o faturamento da Casa & Art chegue na casa dos R$ 90 milhões. “Pernambuco é a bola da vez”, pontuou o presidente do grupo, Jonathas Silva, tributando à política de incentivo fiscal e, sobretudo, ao momento econômico que o Estado atravessa a preferência por Catende e Pernambuco.
Empresa alemã baseada em Cingapura e presente em mais de 50 países, a DyStar produzirá insumos para área química do setor têxtil e vai se instalar no município de Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). Cerca de 40% dessa produção será voltada para o mercado externo e escoada pelo Porto de Suape. Presidente da DyStar, Wolfgang Heinz Guderle, ressaltou o profissionalismo da equipe do Governo do Estado como fundamental para a negociação. “Como nós vamos ser uma empresa que, uma parte de seus produtos feitos aqui será para a exportação, precisávamos de uma essa logística perfeita e nós encontramos com o Porto de Suape”, afirmou Heinz. A previsão é que o faturamento da empresa salte de R$ 200 para R$ 275 milhões/ano.
A terceira empresa é especializada na fabricação de tubulações e estruturas metálicas. A MKS Caldeiraria Indústria e Comércio, que vai para o município de Sirinhaém, Mata Sul pernambucana, tem como forte apelo a prestação de serviços de manutenção e montagem industrial. Esse tipo de linha de produção é responsável pela atração de outras empresas que precisam de empreendimentos parceiros em sua produção.
Já Glória do Goitá, na Mata Norte, recebe a maior revenda de selantes da América do Sul, a Poliplás Selantes e Fixadores. Os selantes a base de poliuretano e silicones vão servir para abastecer a indústria automotiva e construção civil do Estado e de estados do Sudeste, Sul e Centro-oeste do País.
O Distrito Industrial de Caruaru vai receber a IF - Indústria de Pré-moldados. O empreendimento já está com as obras iniciadas e deve gerar 102 empregos diretos. A área de ocupação é de 4,3 hectares e a produção prevista é de 250 toneladas /dia de insumos para a construção civil. “O que aconteceu agora é um reflexo do seu modelo de gestão e de um olhar diferenciado de não concentrar os empreendimentos em Suape e promover um desenvolvimento equânime”, falou José Queiroz, em nome de todos os prefeitos.
Para fabricar cimento, a pernambucana Mineradora Vale do Pajeú vai erguer uma nova planta no Sertão do Pajeú, no município de Carnaíba. Com essa nova unidade, a previsão é de que a capacidade de produção atual seja duplicada, atingindo 350 toneladas/dia, no prazo de dois anos. A fábrica irá atender a demanda de todas as cidades de Alagoas e Paraíba e de vários municípios de Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia.