segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Visita técnica estuda fomento da cultura do dendezeiro em Pernambuco

Na manhã do dia 11 o presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Júlio Zoé de Brito, acompanhado por técnicos da instituição, reuniu-se com os representantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Rômulo Menezes, e do Instituto Tecnológico de Pernambuco (ITEP), Frederico Montenegro, Geraldo Eugênio e Ana Rita Drummond, na Estação Experimental do IPA, em Itapirema, município de Goiana, para apresentar as pesquisas e potencialidades da cultura do dendezeiro e definir ações estratégicas de fomento à produção da cadeia produtiva. As pesquisas são resultado do projeto “Introdução do Cultivo do Dendê Como Alternativa para Produção de Biodiesel no Estado de Pernambuco”, que teve início em 2009, sendo instalados em Itapirema, sete materiais genéticos de dendê, dos mais promissores.
Melhoramento genético - De acordo com o presidente do IPA, esses materiais vieram para Pernambuco, por meio da Embrapa Amazônia Ocidental e com a aprovação do projeto, em 2010, foram implantados os primeiros experimentos nas Estações de Vitória de Santo Antão, Itambé e na Escola Técnica Estadual (ETE), de Palmares. “É preciso estudar, avaliar e introduzir atividades que sejam sustentáveis e de densidade econômica, principalmente, para os pequenos produtores. Por isso, nós estamos avaliando os materiais de dendê promissores quanto à produtividade, precocidade e resistência à doença conhecida como amarelecimento fatal”, acrescentou Júlio Zoé.
A comercialização do dendê, normalmente, só passa a ser economicamente rentável a partir do sétimo ano. No entanto, esses novos materiais mais precoces, originários da Amazônia, permitem que a colheita seja realizada a partir do quarto ano. A comercialização do dendê pode gerar uma renda líquida mensal superior a R$ 1.500,00 por cada 10 hectares cultivados, permitindo, também, uma receita adicional com o consórcio de culturas de subsistência.
Durante a reunião foram discutidos e encaminhados o que cada entidade representada deve viabilizar a fim de implantar ações de aproveitamento integral e de estímulo à produção e comercialização do fruto, considerado a palmeira oleaginosa mais propícia à exploração econômica em regiões quentes e úmidas.
Segundo o coordenador do projeto e técnico do IPA, Sérvulo Siqueira, na Estação de Itapirema, as primeiras mudas, que foram plantadas em 2009, já apresentam inflorescência e frutificação, que são requisitos básicos para uma boa colheita, informou Sérvulo. “Confesso que estou surpreso em ver essas plantas em boas condições, mesmo com o longo período de seca que o Estado vem enfrentando”, disse o presidente do ITEP, Frederico Montenegro.

Nenhum comentário: