Na tarde desta quinta-feira (8), teve fim a greve dos trabalhadores da Compesa. Em negociação realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco, com a empresa e o Sindicato dos Urbanitários (Sindurb), foi aceito pelas partes o acordo proposto pelo órgão.
Entre os destaques da negociação, está o fato de que ela tem validade para os próximos dois anos, bem como a elevação do piso salarial da empresa. Atualmente, o valor do piso é de R$ 687,00, que sofrerá a partir de 1º de maio de 2013 reajuste de 7,16% e, em janeiro de 2014, outro de 36,35%, passando a ser de mil reais.
De acordo com o procurador-chefe do MPT, José Laízio Pinto Júnior, a Compesa concederá aos empregados um reajuste salarial correspondente a 7,16% a todos os demais empregados, com base na inflação acumulada e estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do período acumulado de maio de 2012 e abril de 2013. Sobre a data-base de 1º de maio de 2014, a empresa irá conceder reajuste baseado na inflação do período, acrescida de 1%.
Com relação ao tíquete refeição/alimentação, foi acordado que a Compesa fará reajuste de 10% para 2013 e de 9,09% para 2014. Com relação ao plano de saúde, a Compesa e Sindurb, em até 30 dias, devem formar comissão para construção de um plano de saúde para os novos empregados.
Sobre os dias parados, a Compesa acatou a consideração do procurador-chefe do MPT sobre o abono do período. “Foi uma mediação diferente de outras, sobretudo pelo fato de envolver a data-base de 2013 e 2014. De algum ponto, a categoria profissional ficou receosa em fechar um acordo para os dois anos, como era de interesse da Compesa. Avaliando os interesses dos dois lados e as peculiaridades deste processo, foi razoável o não desconto dos dias de paralisação”, disse José Laízio.
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