A reforma da Previdência Social e das instituições políticas, maior profissionalização da administração pública e modernização das relações do trabalho são três das propostas da indústria aos futuros candidatos à Presidência da República.
As sugestões estão contidas na Carta da Indústria, entregue nesta quarta-feira, 18 de novembro, ao vice-presidente José Alencar pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, ao final do 4º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), que reuniu por dois dias cerca de 1.500 empresários em Brasília. Alencar prometeu entregar imediatamente o documento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Novo governo não significa a destruição dos ativos desenvolvidos pelo anterior. A experiência da transição de 2002 “ (do governo Fernando Henrique Cardoso para o governo Lula) “reforça a importância do aperfeiçoamento contínuo das instituições, em especial daquelas que regulam a ordem econômica”, diz a Carta da Indústria, acentuando ser fundamental “avançar em reformas que aumentem o potencial de crescimento da economia”. “Esta é uma agenda do país e não apenas da indústria. O setor industrial irá buscar alianças políticas para que esta agenda se concretize”, anunciou Monteiro Neto em entrevista à imprensa após o ENAI.
A CNI quer rapidez do governo e do Congresso na implementação de medidas estruturantes na economia. “O tempo político tem que se ajustar, com mais velocidade, às pressões do tempo econômico. É fundamental que o Executivo e o Congresso respondam ao desafio da melhoria de condições de competitividade da economia brasileira”, prega a Carta da Indústria. Monteiro Neto disse esperar que na próxima reunião do Grupo de
Acompanhamento do Crescimento, o antigo Grupo de Acompanhamento da Crise (GAC), previsto para quarta-feira, 25 de novembro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncie medidas de estímulo ao investimento, como prazos menores de devolução dos créditos tributários. A medida está sugerida na Carta da Indústria para ser tomada ainda no atual governo. “Seria uma ótima notícia”, completou.
Entre as nove propostas restantes da Carta da Indústria aos futuros candidatos à Presidência da República, que serão detalhadas no início do próximo ano, quando forem oficializadas as candidaturas, estão elevar a qualidade da educação; aperfeiçoar o sistema tributário; aumentar a capacidade do Estado investir em infraestrutura; racionalizar os gastos públicos; priorizar a desburocratização; ampliar o papel dos bancos como financiadores do setor produtivo. (Blog de Jamildo Melo)
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