O governador Eduardo Campos saudou como “algo muito positivo” o anúncio feito pela presidente eleita, Dilma Rousseff, de reunir os governadores, nos primeiros dias depois da posse para discutir as questões da saúde e da segurança pública. “A presidente acerta quando abre sua agenda desta forma. Saúde e segurança são dois temas que estão no topo das preocupações dos brasileiros, como demonstram todas as pesquisas de opinião. Enfrentá-los exige prioridade e articulação em nível máximo”, afirmou.
Em relação à saúde, Eduardo Campos lembrou que o problema é desafiador porque abarca deste a questão dos recursos até a necessidade de uma nova pactuação que implique num compartilhamento efetivo das responsabilidades. “O problema do subfinanciamento da saúde é reconhecido e inquestionável. O estado brasileiro assumiu em 1988 o compromisso de, por meio do SUS, garantir assistência médica universal, mas jamais se mostrou em condições de disponibilizar os recursos necessários, produzindo assim graves distorções”, diz Eduardo, sustentando a necessidade de serem adotadas ações urgentes, entre as quais a correção das tabelas de custeio e a consolidação de um novo Pacto da Saúde que envolva todos os segmentos.
O governador pernambucano sublinha, a propósito, que há uma fuga às responsabilidades da parte dos entes federativos. “Falha a prevenção e falha a assistência, porque estados, municípios e União não dão conta das suas responsabilidades. O cidadão fica exposto, no momento em que se encontra mais fragilizado, a um jogo de empurra no qual todos saem perdendo”, acrescenta o governador.
SEGURANÇA
Com relação à segurança, Eduardo Campos afirmou que vai colocar em discussão a experiência que desenvolve em Pernambuco com o Plano Estadual de Segurança Pública, também chamado de Pacto pela Vida, por meio do qual tirou Pernambuco da posição de estado mais violento do Brasil.
“O Pacto combina prevenção do crime e repressão qualificada recorrendo à articulação social e investindo no fortalecimento da capacidade técnica e operacional do aparelho policial. Também nos valemos das modernas ferramentas de gestão que instauram um novo ambiente nas polícias, atribuindo responsabilidades com clareza, medindo resultado e premiando quem dá conta de suas tarefas”, afirma.
O Pacto pela Vida foi lançado em maio de 2007 e já reduziu o número de crimes violentos no estado acima da média de 12% ao ano que foi estabelecida. Só em outubro, a redução foi de 16%. Na capital, área mais violenta do estado, os números tiveram queda de 40%.
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