O
Ministério da Integração Nacional (MI) e o Tribunal de Contas da União
(TCU) trabalham em parceria para garantir que as obras do Projeto São
Francisco não sofram
paralisações. As Pastas têm analisado alternativas legais com o
objetivo de adotar a medida mais adequada para a substituição da empresa
Mendes Júnior Trading S.A no maior empreendimento hídrico do país. A
construtora está enfrentando dificuldades de financiamento
para obtenção de créditos no mercado, o que compromete a sua capacidade
técnica e que poderia impactar a execução de serviços no projeto. No
último mês de junho, a Mendes Junior consultou o Ministério sobre a
possibilidade de transferir o contrato a outra
empresa.
“Estamos buscando fazer um processo de transição sem que haja prejuízo
de prazo. O otimismo é que nós vamos encontrar uma solução. A obra não
está parada”, informou o ministro da Integração Nacional, Helder
Barbalho.
A
Mendes Junior possui dois contratos firmados com o ministério para
construção das estruturas de engenharia da primeira etapa (Meta 1N) do
Eixo Norte do empreendimento. Com 87,7% de avanço físico,
o trecho possui 140 quilômetros de extensão e conta com 2.827
profissionais. A água do Velho Chico percorre 51,2 quilômetros desse
trajeto.
Composta
por três estações de bombeamento do eixo, canais, reservatórios e
túnel, a meta 1N compreende a captação de água do rio São Francisco, em
Cabrobó (PE), até o início do reservatório Jati,
em Jati (CE).
Prioridade do Governo Federal
Faltam
apenas 12,6% para finalizar o projeto que vai garantir o abastecimento
regular para mais de 12 milhões de pessoas em Pernambuco, Ceará, Paraíba
e Rio Grande do Norte que sofrem constantemente
com a estiagem. Os dois eixos de transferência de água do projeto -
Norte e Leste – atingiram 87,4% de conclusão em maio deste ano. Serão
beneficiados 390 municípios nesses Estados.
Em
maio deste ano, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho
aumentou os repasses financeiros mensais para o projeto em até 43%. O
objetivo é acelerar as atividades das construtoras para
que o cronograma pactuado com o governo federal seja cumprido. Com a
elevação ao máximo da produtividade das prestadoras de serviço, as obras
estão previstas para serem concluídas em dezembro deste ano.
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