Na próxima segunda-feira (10/04) será realizada a primeira reunião do Fórum Permanente de Convivência Produtiva com as Secas, no Hotel Golden Tulip, em Boa Viagem. O debate ocorrerá em torno das “Ações do IPA e da Embrapa Semiárido”, voltadas para o Agreste e Sertão de Pernambuco, que serão apresentadas pelo presidente do IPA, Gabriel Maciel e pelo Chefe Geral da Embrapa Semiárido, Pedro Gama.
Presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco e do Fórum das Secas, Pio Guerra, considera imprescindível o acesso do produtor ao resultado das pesquisas agropecuárias. “A difusão do conhecimento tecnológico permite o uso racional dos recursos naturais, garantindo a manutenção e o sucesso da atividade produtiva”. Vale salientar que os estudos desenvolvidos por essas instituições também norteiam as políticas públicas estruturadoras destinadas ao meio rural para parte da região Nordeste do Brasil.
Guerra lembra que, se a sociedade produtiva contar com informações fidedignas sobre previsão climática e de mercado, programas governamentais ambiciosos de abastecimento de água, alimentação animal, etc, terá capacidade de mitigar os efeitos da seca tão prolongada.
A iniciativa é uma oportunidade de discutir, junto à classe produtora rural suas demandas, bem como apresentar opções de políticas e tecnologias que levem a soluções permanentes quando da ocorrência de secas.
“As instituições convidadas têm se empenhado para fortalecer ações conjuntas. Projetos de pesquisa em gestão de recursos hídricos, desenvolvimento de sistemas de cultivo da palma forrageira e outras forrageiras, monitoramento climático e das secas encontram-se em andamento, fortalecendo o conhecimento sobre o fenômeno e criando condições de um apoio mais consistente aos empresários rurais e urbanos”, destaca Geraldo Eugênio, secretário do Fórum.
Números – Mais de doze milhões de nordestinos sofrem as consequências dessa estiagem prolongada, 1.200 municípios já decretaram estado de emergência e o rebanho bovino regional foi reduzido em mais de 7 milhões de animais.
Em Pernambuco, são mais de um milhão e duzentas mil pessoas atingidas. Dados do IBGE apontam, ainda, uma redução de mais de 30% da área cultivada e cerca de 50% do Valor Bruto da Produção, se comparado a 2011.
O Fórum reúne 12 entidades, dentre a comunidade empresarial, acadêmica e entes de governo. São eles: Associação dos Criadores de Pernambuco (ACP), Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Associação Nordestina de Agricultura e Pecuária (ANAP), Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Pernambuco (Facep), Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomercio/PE), Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Pernambuco (Sebrae/PE), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/PE), Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar) e o Sindicato dos Cultivadores de Cana de Açúcar de Pernambuco (Sindcape).
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