segunda-feira, 18 de maio de 2009

Faltam material e alimentos no Hospital Rui de Barros Correia


A situação do Hospital Rui de Barros Correia, em Arcoverde, Sertão de Pernambuco, aflige o líder da bancada de Oposição da Alepe, deputado Augusto Coutinho (DEM). Ontem, ele denunciou problemas como a falta de material e de alimentação para atender aos pacientes. “Estivemos lá com nossa assessoria e constatamos o caos”, lamentou, acrescentando que a unidade tem cinco ambulâncias e todas estão quebradas. “Apenas uma ambulância, alugada por R$ 20 mil, está a serviço da unidade de saúde.”


Coutinho disse que internados chegaram a se alimentar com cachorro quente. “O aparelho de endoscopia não funciona, o bloco cirúrgico tem apenas três salas e o tomógrafo está quebrado há um ano. A máquina de exames de Raio X funciona amarrada com gaze. Como se não bastasse, a marcação dos exames é feita por meio de indicações”, criticou, citando outras carências estruturais, a exemplo de infiltrações.


“O ambulatório também não funciona e os pacientes são obrigados a tomar banho de bacia. Os acompanhantes dormem no chão. Todas as camas da Unidade de Terapia Intensiva estão enferrujadas. É uma falta de respeito com o bem público e o ser humano”, disparou. Para Coutinho, a situação do Hospital Rui de Barros Correia reflete “a falta de gestão” na saúde.


“O Governo apresenta como grande solução construir três hospitais, não fez nenhum e os que existem estão piores que antes. Precisa-se trocar o secretário (João Lyra Neto), que prometeu, em praça pública, resolver os problemas no setor e não o fez”, avaliou o líder oposicionista.


Em aparte, a deputada Miriam Lacerda (DEM) falou da “precariedade” das unidades de saúde do Agreste e citou o Hospital Jesus Nazareno, em Caruaru, que também não tem, segundo a parlamentar, material e alimentação. “A maioria das mulheres que dá à luz tem que ser encaminhadas ao Recife, aumentando a demanda na Capital”, frisou. Em São Caetano, também no Agreste, o problema é outro, de acordo com o deputado Esmeraldo Santos (PR). “Lá existem várias ambulâncias, mas o prefeito não deixa que as pessoas as utilizem para não gastar combustível. Isso é coisa de administrador que não quer assumir compromisso com a população”, comentou.


Nadegi Queiroz (PMN) ponderou que os problemas no atendimento médico-hospitalar são nacionais e que o Sistema Único de Saúde (SUS) é “o melhor do mundo”. “A questão é que os municípios não se viabilizam e sobra a maior parte da demanda para o Estado. Entretanto, acredito no secretário de Saúde. Concordo com o tipo de pronunciamento do deputado Augusto Coutinho, mas esses são problemas que prosseguem há duas, três décadas e não se pode resolver em um ano e meio”, opinou.

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