segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Armando Monteiro: “Frente Popular vai ficar mais forte em 2012”

Em entrevista ao programa CBN Total, com Aldo Vilela, na rádio JC/CBN, o senador Armando Monteiro observou que, independente de disputas em alguns municípios, a Frente Popular de Pernambuco sairá ainda mais forte das urnas em 2012.

Armando reconhece que os partidos poderão enfrentar conflitos de interesse, mas argumenta que é preciso ter competência para encaminhar a disputa com serenidade e a compreensão de que os projetos partidários não podem sobrepor-se aos interesses da Frente. “Quando não for possível compor, se não houver mesmo possibilidade, vamos para a disputa, e o povo então vai decidir”, afirma.

Na entrevista, Armando fala dos planos do PTB e reforça que o seu compromisso como Senador é trabalhar por todos os municípios do Estado, independente de serem administrados por prefeitos de oposição ou governo.  “Como senador da República, que é a responsabilidade que tenho hoje, eu me relaciono com prefeitos de todas as legendas”.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista:

PTB no Recife e Região Metropolitana

Armando Monteiro – “O PTB pretende disputar em vários municípios, inclusive aqui na Região Metropolitana, em Igarassu, Itamaracá, Abreu e Lima, Jaboatão, existem vários companheiros que estão se colocando na disputa. Porque não no Recife? Agora, precisa ser algo que brote espontaneamente. Nós não estamos querendo criar candidaturas artificiais. Onde houver um companheiro que reúna condições, que tenha algum tipo de perspectiva, eu acho que o partido tem que estimular estas candidaturas. Não há propriamente uma estratégia para a Região Metropolitana. Se existem quadros que podem se colocar, muito bem. Mas nós não estamos com isto afastando a possibilidade de adiante buscar um entendimento na própria Frente. Nós podemos ainda buscar este entendimento, mas temos que nos prepararmos para a hipótese que está hoje colocada, que é a de múltiplas candidaturas. Não podemos ficar à mercê de uma única candidatura da Frente, quando constatamos que esta única candidatura talvez não represente a alternativa ideal”.

“Vamos fazer um número expressivo de prefeituras”

Armando Monteiro – “A primeira constatação é que a Frente que nós integramos vai ter um desempenho muito positivo. Porque no interior os dois partidos que tinham mais presença eram o PSB e o PTB. Tanto em número de prefeituras, quanto em número de vereadores eleitos, como também em votos que foram dados às legendas. O que eu percebo é que estes dois partidos vão continuar a ter uma presença expressiva, é possível até que o PSB cresça ainda mais, e outros partidos da Frente vão crescer também. É possível que existam conflitos de interesse, mas nós temos que ter a competência de encaminhar isto da melhor forma possível. Tendo serenidade, tendo a visão de que o interesse partidário não pode sobrepor-se ao interesse da Frente e esperando que também, do mesmo modo, os companheiros que estão vinculados a outras legendas tenham a mesma compreensão. Quando não for possível compor, se não houver mesmo possibilidade, vamos para a disputa, e o povo então vai decidir. O PTB tem pré-candidaturas em 80 municípios. Evidentemente eu não posso fazer prognósticos, mas eu diria que com 80 candidaturas o PTB tem condições de manter um número expressivo de prefeituras”.

2012 e 2014: “É preciso compromisso com um projeto”

Armando Monteiro – “Eu não acho que seja próprio discutir isto agora. Eu não sou mestre na arte de esconder o pensamento e por isto nunca neguei que tenho – como qualquer homem público que tem uma trajetória – a aspiração de que, se pudesse, governar o meu Estado. Eu acho que isto é legítimo. Agora, uma candidatura ao governo passa por um longo percurso. Você precisa não apenas ter um partido que possa dar suporte a esta candidatura, mas ninguém faz uma eleição com um partido. Você precisa formar uma frente partidária, esta candidatura precisa corresponder claramente a uma expectativa, é preciso que você tenha compromisso com um projeto, com uma proposta, para que não seja uma postulação pessoal ou partidária. Se a idéia é de que a candidatura é algo que decorre apenas da vontade do candidato ou da vontade de um partido, isto não se justifica do ponto de vista político. Uma candidatura precisa representar, numa determinada circunstância, uma alternativa para a viabilização de um projeto. Isto é o mais importante”.

“Vou continuar caminhando”

Armando Monteiro – “Eu vou continuar a fazer o que eu sempre fiz, que é o de caminhar, construir, poder fazer um relacionamento também com outros partidos, porque eu tenho o compromisso de olhar e de servir a Pernambuco. Como senador da República, que é a responsabilidade que tenho hoje, eu me relaciono com prefeitos de todas as legendas. Ajudo e procuro trabalhar em favor de todos os municípios de Pernambuco, até mesmo de prefeitos que são da oposição, porque esta é a nossa obrigação. Agora, o projeto partidário do PTB vai seguir adiante também. O PTB vai tentar crescer, esta é a lógica partidária. Tudo passa por 2012. É um momento importante. Agora, eu quero dizer o seguinte, uma candidatura majoritária se vincula mais a uma corrente de opinião, e à compreensão das razões da candidatura do que propriamente o número de prefeitos ou o número de apoios. Não há relação direta entre número de prefeitos e eleição majoritária. Uma coisa necessariamente não tem a ver com a outra. O importante é que aquela candidatura seja justificada do ponto de vista de um projeto e não que ela corresponda apenas à vontade de uma legenda ou de um candidato”.

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