Com informações do Valor.
Ainda sem palanque no Rio de Janeiro, o pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, tenta avançar sobre a base tradicional da presidente Dilma Rousseff (PT) e repete a estratégia adotada pelo seu principal adversário no campo da oposição, o senador mineiro Aécio Neves (PSDB), que, nas últimas semanas, cortejou membros do cobiçado PMDB.
Eduardo está negociando com o pré-candidato do PRB ao Governo do Estado, senador Marcelo Crivella, que aparece na dianteira nas pesquisas de intenção de voto e é considerado pelo Partido dos Trabalhadores como o mais fiel aliado da presidente Dilma Rousseff. As conversas são confirmadas por assessores de ambos os lados.
Em contatos recentes, Crivella demonstrou insatisfação em relação ao encaminhamento dado pelos petistas à disputa fluminense, isso porque a sigla tem atuado, em Brasília, para tentar inviabilizar as negociações de Crivella por apoio da base aliada com forma de favorecer a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) ao Governo do Rio de Janeiro.
Apesar das confirmações, a iniciativa pode ser uma estratégia de Marcelo Crivella para chamar a atenção do PT, uma vez que sua candidatura é colocada em dúvida pelos adversários, como Anthony Garotinho (PR), que o costuma chamar de 'cavalo de troia', sugerindo, com isso, que o senador tenha sido escolhido para a disputa para dividir o voto evangélico.
Mas é justamente o apoio do eleitorado evangélico que mais aproxima Crivella do PSB, principalmente da pré-candidata a vice de Eduardo Campos, a ex-senadora Marina Silva (PSB). A neossocialista deve ficar responsável por atrair o voto desse setor, além dos que hasteiam a bandeira do meio ambiente e do crescimento sustentável.
Assim, o apoio de Crivella no Rio de Janeiro ajudaria a alavancar a chapa socialista e tornar o ex-governador mais conhecido no estado.
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