Sessão solene foi realizada na noite desta terça, com a presença de familiares, autoridades e admiradores do ex-governador
O governador Paulo Câmara destacou a atividade parlamentar de Eduardo Campos em discurso durante a sessão solene em homenagem ao ex-governador, promovida pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na noite desta terça-feira (11). O atual chefe do Executivo estadual ressaltou o simbolismo impresso na solenidade, da qual participaram familiares de Eduardo, além de prefeitos, deputados, vereadores, autoridades e admiradores do político, falecido há quase um ano.
“Foi desta Casa que, há 25 anos, ele exerceu com muita competência e destaque seu primeiro mandato parlamentar. Que deu os primeiros passos na sua vitoriosa e exemplar carreira política. Os quatro anos que ele passou aqui, sem dúvida, foram de muito aprendizado e afirmação. Como deputado estadual, aos 25 anos de idade, Eduardo já defendia as ideias e propostas, já apresentava muitas das qualidades - a postura e a coragem, a coerência e a firmeza - que fizeram deles um dos maiores homens públicos do nosso tempo”, pontuou Paulo.
Sob o olhar atento da família Campos, o governador enalteceu a “visão estratégica e voltada para o futuro” de Eduardo, ao lembrar as muitas proposições do ex-governador na sua passagem pelo Parlamento. Como exemplo, citou o projeto de Lei que vetava a concessão, por parte do Estado, de qualquer benefício, incentivo fiscal ou creditício às pessoas físicas ou jurídicas que poluíssem o meio ambiente com suas atividades. “Era um projeto arrojado, que antecipava uma série de questões que entrariam na pauta política e econômica nos anos seguintes”, argumentou Câmara.
Outra proposta de autoria do homenageado, lembrada pelo governador, foi a gratuidade para aqueles que ingressassem como estudantes na Universidade de Pernambuco, que, na época, se chamava Fesp. “Rejeitado o projeto, a gratuidade só veio acontecer quando Eduardo foi eleito governador, mostrando, neste caso, mais uma qualidade sua: a coerência”, relembrou Paulo Câmara. Ao confessar que, como muitos, também foi tomado pela “sensação do que poderia ter sido” se Eduardo ainda estivesse vivo, o governador conclamou todos os presentes a “trocarem o que poderia ter sido” pelo “que pode ser”.
“Queria aproveitar que estou na casa de todos os pernambucanos e, diante dos seus legítimos representantes, pedir que, quando essa semana de homenagens passar, nós arranjemos um lugar lá no fundo do nosso coração para guardarmos os lamentos. Isso não significa esquecer o que aconteceu; esquecer o passado. Muito pelo contrário, significa, sim, lembrar dos ensinamentos e do exemplo de Eduardo e transformá-los em ação. Significa nos espelharmos nas ideias e na maneira como ele defendia essas ideias, daqui desta Tribuna e em toda sua vida pública”, cravou Paulo Câmara.
Filho do ex-governador, Pedro Campos, ao lado dos irmãos João, Maria Eduarda e José, subiu à tribuna da Alepe para lembrar o perfil do pai como gestor público. “Eduardo sempre avançou guiado pela esperança de ajudar na construção de uma nação democrática, fraterna, soberana em suas decisões, e justa em suas relações sociais. Na construção de um País equilibrado regional e socialmente, atento ao maior patrimônio nacional: os brasileiros”, enumerou. “Eduardo conseguiu fazer, na ausência, o que tão bem fazia na presença, unir pessoas e criar pontes”.
Autor do requerimento para realização da reunião solene, o deputado Lula Cabral também ocupou a tribuna para lembrar a trajetória política do ex-governador. Ainda dentro das homenagens, a ex-primeira-dama Renata Campos foi agraciada com uma placa e um buquê de flores. Da mesma forma, a ministra do Tribunal de Contas da União e mãe do ex-governador, Ana Arraes, também foi presenteada com flores.
Fotos: Aluísio Moreira/Sei
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