Mais de 1.500 agricultores que viram sua capacidade produtiva ameaçada em função de sucessivas reduções da vazão do rio São Francisco, em Sergipe, terão o fornecimento de água garantido em seus lotes. Novos sistemas de captação flutuantes, já prontos para operação, foram instalados nos perímetros irrigados Propriá, Cotinguiba/Pindoba e Betume, responsáveis por aproximadamente oito mil empregos diretos e indiretos na região do Baixo São Francisco sergipano.
“A orientação do presidente Michel Temer é para implementarmos as prioridades de cada região com o olhar atento para o Norte e Nordeste, no sentido de fazer chegar as ações de governo. Esta é a demonstração do comprometimento do governo federal com a população de Sergipe”, afirma o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.
Cerca de R$ 2,2 milhões foram investidos pelo Ministério da Integração Nacional, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Em toda a bacia do São Francisco, a Companhia já investiu R$ 38 milhões em ações emergenciais para instalação de bombas flutuantes e para o desassoreamento de canais de aproximação. As medidas asseguram a captação e o fornecimento de água para perímetros irrigados e para consumo humano.
O superintendente regional da Codevasf em Sergipe, Said Schoucair, afirma que os novos sistemas de captação de água vão garantir condições para o plantio da próxima safra de arroz, uma das principais culturas nos perímetros do Baixo São Francisco. “Firmamos um compromisso com os irrigantes pela melhoria da infraestrutura dos perímetros”, disse Said, acrescentando que a iniciativa contribui para o desenvolvimento de toda a região.
A opção pelos sistemas flutuantes foi respaldada por estudos técnicos. “Esses equipamentos acompanham a variação de nível do manancial hídrico; nesse caso, os rios São Francisco e Betume. Assim, solucionamos a questão da oferta de água para irrigação nessas localidades”, explica Ricardo Martins, gerente regional de Irrigação da Companhia.
Safra garantida
O perímetro irrigado Betume, uma das áreas beneficiadas com a implantação dos flutuantes, produz anualmente uma média de 22 mil toneladas de arroz, o que representa cerca de R$ 17 milhões. Um total de 650 famílias vive na área do perímetro. “Nossa safra estaria comprometida sem a implantação das bombas, o que seria um verdadeiro caos econômico e social para a região. A safra passada, por exemplo, foi bastante prejudicada. Alguns lotes começaram a plantação com atraso e outros nem chegaram a plantar”, conta Wendell Reis, gerente do perímetro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário