segunda-feira, 26 de maio de 2014

Eduardo faz defesa de Marina durante café com empresários

O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), aproveitou um café da manhã com empresários paulistas, nesta segunda-feira (26), para fazer a defesa de sua vice, Marina Silva (PSB), acusada por muitos dele de ter preconceito contra o agronegócio.
Ele disse que a ex-ministra do Meio Ambiente, caso seja eleita, será “uma oportunidade e não uma ameaça” ao agronegócio brasileiro.
Segundo o ex-governador de Pernambuco, a resistência que os ruralistas têm ao nome de Marina, defensora da sustentabilidade e preservação do meio ambiente, é semelhante ao que setores do empresariado tinha ao nome de Lula quando ele foi candidato a presidente da República em 2002.
“Eu via o empresariado brasileiro com uma grande preocupação durante a campanha do ex-presidente Lula. Preocupação que se assemelha ao que se tenta passar hoje em relação a Marina. No final, muitas pessoas que tinham esse mesmo tipo de preocupação, quando viram o presidente Lula governando, ao tentar manter a política macroeconômica que vinha do presidente Fernando Henrique Cardoso, foi uma surpresa muito agradável para muitos. Naquela oportunidade, não foi uma surpresa para mim, como não vai ser uma surpresa ver o agronegócio compreendendo o quanto é importante a Marina Silva se tornar vice-presidente da República do Brasil”, disse o ex-governador.
Em outro trecho do seu discurso, Eduardo Campos fez uma profissão de fé no capitalismo, dizendo o seguinte:
“Como presidente da República, desejo deixar muito claro ao país que não terei nenhum tipo de preconceito contra o capital privado e contra o lucro. Nós vamos dirigir o país no sistema capitalista. Desejamos que haja investimento e que esse investimento tenha retorno para dar oportunidade de trabalho e gerar crescimento da nossa economia, um crescimento sadio e sustentável”.
Depois, numa crítica direta à presidente Dilma Rousseff, declarou: “Paramos de melhorar. Houve perda da qualidade de vida, sobretudo nas grandes cidades e as pessoas vêm mostrando seu esgotamento com esse modelo de governança. Precisamos investir em serviços públicos de qualidade e recolocar o Brasil como um porto seguro para os investimentos”.
O ex-governador, de um modo geral, agradou à plateia que foi escutá-lo. Segundo o representante da União Internacional de Ferrovias, Guilherme Quintella, o candidato disse no café “o que todo mundo queria ouvir”. (Inaldo Sampaio)

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