Com muito bom humor e ironia, o senador Armando Monteiro (PTB) alertou que o governo do Estado vem sendo utilizado para beneficiar a candidatura governista, com oferta de recursos públicos para que alguns prefeitos do PTB mudem de lado: “Criaram o FEM 1 e o FEM 2. E agora estão querendo criar o VEM, que é uma forma de trazer a qualquer custo e de premiar os infiéis”, afirmou, durante entrevista coletiva em Gravatá, explicando que, ao contrário do fundo de apoio a todos os municípios do Estado, denominado FEM, agora estão oferecendo recursos adicionais a apenas algumas cidades, para que seus prefeitos passem a apoiar o outro candidato.
Na opinião de Armando, assumir novas posições políticas ou mudar de posição é comum na política e pode sempre ocorrer. Mas o problema é a possibilidade de uso da máquina do Estado em favor de interesses eleitorais de alguns. Para o senador, se o governo do Estado tem recursos para ajudar os municípios, deveria ajudar a todos, principalmente os mais pobres.
“Se tem dinheiro no Estado para, de última hora, oferecer um apoio extraordinário a um município determinado, apenas porque é do PTB, e estão querendo puxar pro lado deles, por que não estender essa atenção aos outros municípios, que precisam também e, com transparência, dizer quais são os critérios? Por que estão oferecendo na última hora dinheiro a um determinado município e não aos outros?”, indagou, cobrando do governo “uma postura republicana, de transparência, sobretudo quando envolvem recursos públicos”.
Acompanhado do deputado federal e presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco, Jorge Côrte Real (PTB), e do deputado federal João Paulo Lima e Silva (PT), o senador Armando Monteiro esteve neste sábado (26) em Gravatá para prestigiar a realização da Ação Global, mutirão para prestar serviços públicos à população do Agreste. Antes, no entanto, Armando concedeu entrevista coletiva à imprensa local para apresentar os expressivos investimentos, de mais de R$ 50 milhões, destinados pelo governo federal ao município, seja em repasses diretos, seja por meio de emendas parlamentares ou de empréstimos subsidiados.
Parte desses recursos, no entanto, não chegou a ser aplicada por incapacidade da prefeitura de Gravatá, que passou todo o ano de 2013 inadimplente junto à Previdência Social.
(Crédito da foto: Bernardo Soares/Divulgação)
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