quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Humberto Costa defende reforma política e questiona "indústria de criação de partidos"

O senador Humberto Costa (PT-PE) subiu hoje à tribuna do Senado para defender reforma nas regras eleitorais, especialmente no que se refere a organizações partidárias no País. O senador condenou o troca-troca partidário e defendeu três princípios básicos para a Reforma Política: transparência, combate à corrupção e participação popular.
“A indústria de criação de partidos no Brasil, hoje, é algo absolutamente lamentável e constrangedor. Dois partidos conseguiram seus registros nesta última semana, compondo 32 novos partidos no Brasil. E aqui eu me pergunto no Brasil, 32 ideologias diferentes? Existem 32 projetos de nação diferenciados no Brasil? Outras 30 legendas estão à espera para obter o seu registro. São partidos que têm acesso ao fundo partidário, que podem cooptar parlamentares e mais à frente negociar o tempo de televisão que eles têm direito por conta da legislação eleitoral atual”, afirmou.
Humberto questionou o fato de a Câmara dos Deputados não ter apreciado a minirreforma eleitoral, que já havia sido aprovada pelo Senado Federal. “Todos nós reconhecemos aqui que ela era uma mera perfumaria, uma maquiagem na legislação, não era a reforma política que o Brasil precisa e deseja, mas havia feito avanços importantes para reduzir o custo das campanhas eleitorais e, com isso, diminuir a influência do poder econômico e criar mínimas condições para reduzir as desigualdades na disputa eleitoral do ano que vem”, afirmou.
Humberto também voltou a defender uma revisão no que se refere ao financiamento de campanhas politicas. “A proposta da Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, puxada pela CNBB, pela OAB, pela CUT, pela UNE e por outras entidades da sociedade civil, precisa ser objeto de análise do Congresso Nacional para que nós possamos acabar com o processo de injustiça no processo de financiamento de campanhas eleitorais”, disse o senador.

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