Apuração foi concluída às 2h05 desta quarta-feira (14)
Após 20 horas de eleição, já se sabe quem assumirá o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários Urbanos de Passageiros do Recife e Regiões Metropolitanas da Mata Sul e Norte (STTREPE) dos pelos próximos cinco anos, a partir de 24 de dezembro deste ano. Com 1109 votos, a chapa 3, encabeçada por Benilson Custódio, representará a categoria dos rodoviários, que atualmente tem, em média, 12 mil trabalhadores. A apuração das urnas foi feita nas primeiras horas do dia pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco, mediador de todo o processo eleitoral.
Dos 3405 trabalhadores aptos a votar, 2.323 o fizeram, verificando-se a ausência de 1.082 trabalhadores. O quorum mínimo de validação do processo eleitoral, de 40%, foi atingido, com a marca de 68,22%. A votação teve início às 4 horas da manhã desta terça (13), sendo finalizada à meia noite da quarta (14). Ao todo, foram 14 locais de votação, sendo um deles a própria sede do MPT e os demais em garagens das empresas.
A chapa 1 teve 399 votos (17,25%), a chapa 2, 709 (30,65%). Foram registrados 10 votos nulos e 96 em branco.
A apuração transcorreu com tranquilidade, sendo acompanhada por servidores e procuradores do MPT, bem como pelos representantes das chapas, além de policiais federais. O procurador-chefe do MPT em Pernambuco, José Laízio Pinto Júnior, e os procuradores Renato Saraiva e Gérson Lima, atual coordenador nacional da Coordenadoria de Promoção da Liberdade Sindical, conduziram a apuração.
Eleição
Em algumas urnas foi verificada a permissão de eleitores votando com os crachás (com fotos) da empresa e com a carteira de sócio do Sindicato profissional. Foi decidido pela validade dos votos, haja vista que não se viu má-fé, nem prejuízo para as eleições, até porque na ocasião os mesários e fiscais das chapas estavam de acordo com a medida.
O MPT também foi informado de que em uma das urnas um eleitor, ao receber instruções da mesa coletora, acabou votando em branco e, ao perceber o erro, votou em separado. Em audiência com representantes das chapas, no início da tarde desta terça, houve consenso de que o voto em separado não será contabilizado e que o voto em branco será anulado. A solução visou pela igualdade das chapas.
Segurança
Em todos os 14 postos de votação, o MPT foi acompanhado pela Polícia Militar, através de articulação entre o órgão e a Secretaria de Defesa Social. Alguns atos de violência foram sinalizados por militantes de algumas chapas, mas todos foram contornados sem maiores problemas. O MPT também contou com o apoio da Polícia Federal.
Urnas
Toda a eleição foi realizada por meio de sistema eletrônico, desenvolvido pelo próprio MPT e já utilizado em São Paulo e Fortaleza. O método foi escolhido por eliminar qualquer possibilidade de fraude no processo, facilitando, inclusive, a apuração final dos votos.
Apuração
A apuração e a totalização dos votos foram feitas imediatamente após o encerramento da votação, com a chegada do maquinário ao MPT. A contagem dos votos pôde ser acompanhada por um membro de cada chapa, da central sindical envolvida e respectivo advogado.
Problemas
Na avaliação dos organizadores, a eleição, de modo geral, transcorreu de forma tranquila. Dos problemas levantados nos 14 pontos de votação, foi relatado como mais recorrente a não apresentação de documento oficial com foto por parte dos votantes. Alguns trabalhadores não filiados também tentaram participar da votação, mas foram impedidos em acordo às regras do pleito.
Transição
O MPT observou a “inconveniência” do estatuto sindical da categoria em estabelecer prazos longos, em termos de antecedência ao fim dos mandatos da diretoria, para que se realizem as eleições. Recomendou que a chapa vencedora e a atual diretoria convivam em respeito mútuo, até a transição se concretizar em dezembro.
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