Se depender do PSDB estadual, o fator Minas não influenciará em Pernambuco, ou seja, se o PSB lançar mesmo o deputado Júlio Delgado ao Governo mineiro a aliança no Estado com a candidatura de Paulo Câmara será mantida.
Mas o partido não tem autonomia para decidir. Forçado a tratar do assunto ontem, o presidente da executiva estadual, Bruno Araújo, disse que por ele o PSDB não lança candidato a governador, mantendo alinhamento ao PSB. Só que a vontade dele não interfere em nada.
Se o presidente nacional da legenda, Aécio Neves, julgar que é melhor dar o troco ao ex-governador Eduardo Campos, que descumpriu o acordo, as condições para viabilizar a candidatura do deputado Daniel Coelho a governador serão criadas.
Entrando para a disputa, Daniel, entretanto, pode sepultar de vez o PSDB em Pernambuco, que já se fragilizou bastante depois da morte do deputado Sérgio Guerra. Feitas as contas, com candidato próprio ao Palácio das Princesas os tucanos não elegem um só deputado federal por falta de uma aliança que garanta a cauda para a reeleição de Bruno Araújo.
Daniel, na majoritária, representa uma aventura descomunal, porque o tucano, mesmo sendo a grata surpresa da eleição para prefeito do Recife em 2012, não dá um passo além da capital e Região Metropolitana. Seus próprios prefeitos, que cabem numa Kombi (21 ao todo) já estão em sua grande maioria comprometidos com a candidatura de Câmara.
Até mesmo quem não quis se alinhar ao PSB já se definiu, como é o caso do prefeito de Sertânia, Guga Lins, eleitor do candidato do PTB a governador, Armando Monteiro Neto. Aécio, a esta altura, sabe que não pode enterrar de vez o tucanato em Pernambuco e não levará a executiva nacional a bancar uma candidatura, com a de Daniel, apenas para criar palanque nacional.
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