terça-feira, 20 de setembro de 2011

Eduardo e Fernando Bezerra fecham parceria para recompor caatinga no Araripe

O Governo de Pernambuco e o Ministério da Integração Nacional vão começar a recompor a caatinga devastada na região do Araripe. Convênio entre as duas instituições, assinado nesta terça-feira (20/09), em Brasília, vai viabilizar o repasse dos recursos necessários à implantação de projetos-piloto em cada um dos15 municípios da região, nos quais a vegetação nativa será recuperada e os agricultores capacitados para fazer a exploração sustentável.

"Esta é uma ação de grande impacto econômico e social. Fala à sobrevivência de centenas de milhares de famílias pernambucanas, ao tempo em que aponta o rumo da preservação ambiental e do respeito à natureza com uma gestão ambiental moderna", comemorou o governador Eduardo Campos, ao final da solenidade, ao lado do ministro Fernando Bezerra Coelho.  

O Araripe, alto sertão pernambucano, está sob forte degradação ambiental, com o desmatamento da Caatinga. O Polo Gesseiro é a principal atividade econômica da região, responsável por mais de 13 mil empregos diretos e 66 mil indiretos, com faturamento da ordem de US$ 300 milhões por ano (mais de R$ 500 milhões). A matriz energética da indústria do gesso do Araripe é composta de mais de 70% de lenha, retirada da Caatinga da região e de estados vizinhos.

"É um ponto de partida muito importante no enfrentamento da problemática ambiental do Araripe", afirmou o ministro Fernando Bezerra Coelho.

O Programa de Desenvolvimento Florestal Sustentável, do Ministério da Integração, prevê um conjunto de ações que vão da realização do zoneamento agroecológico até o plantio de florestas energéticas, ou seja, de espécies vegetais adaptadas para a produção de lenha, preservando a caatinga.

Além do ministro e do governador, estiveram presentes no evento o presidente da Codevasf, Clementino Coelho, e o presidente do IPA, Júlio Zoé de Brito. "A lógica do programa é garantir biomassa para mover a indústria gesseira partindo do pressuposto que o agricultor só vai cortar as árvores que plantou", comentou Júlio Zoé.

No total serão investidos na primeira fase do Programa R$ 6,4 milhões na etapa pernambucana. A mesma ação terá desdobramentos no Piauí e no Ceará, estados que compartilham áreas com as características ambientais do Araripe.     

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