Com agenda para uma conversa tête-à-tête neste fim de semana com o governador Eduardo Campos, o senador Jarbas Vasconcelos só não será candidato à reeleição na chapa oficial (PSB) se não quiser.
Eduardo não criará nenhum obstáculo para Jarbas, até porque o senador, respeitado e com trânsito nacional, pode agregar forças políticas ao projeto presidencial do governador. Já sabendo disso, o PMDB referendou, ontem, o nome do senador à reeleição com a ressalva, em tom enfático, de que ao partido só interessa manter Jarbas no Senado.
Está nas mãos do senador, portanto, o seu destino, que depende muito mais dele a esta altura do que mesmo da vontade de Eduardo, que lidera o processo da discussão e montagem da chapa governista.
A entrada do senador peemedebista na chapa, entretanto, vai de encontro aos interesses do ex-ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho. Já praticamente descartado como candidato a governador só restaria ao ex-prefeito de Petrolina abocanhar a vaga de senador.
E Fernando, mesmo desapontado, já teria até um mote para sua campanha majoritária: resgatar o mandato dos Coelho no Senado, interrompido bruscamente pela morte do saudoso Nilo Coelho, em 1983.
A corrida para o Senado nas eleições deste ano só tem uma vaga em jogo, o que, num cenário confirmado com Jarbas na chapa, deixa para Bezerra Coelho apenas a alternativa de indicar o candidato a vice-governador.
O que, neste caso, abre a perspectiva do ex-ministro recorrer ao nome do filho, o deputado Fernando Bezerra Filho, para compor a chapa de vice. Mesmo Fernando, o filho, sendo peça importante no processo resta saber se Fernando, o pai, aceitaria de bom grado ficar, mais uma vez, fora da disputa majoritária.
É bom recordar que em 2010, o ex-ministro teve que engolir a seco os nomes de Humberto Costa e Armando Neto para o Senado, vindo a ganhar uma compensação, mais na frente, no Governo Dilma, com o Ministério da Integração. (Blog do Magno)
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