Por Eduardo Sol
Da Folha de Pernambuco
Longas filas de espera, demora para consultas e cirurgias, falta de medicamentos e té de profissionais, problemas na infraestrutura de hospitais e nos postos de saúde. Essas são algumas das reclamações dos cidadãos brasileiros ao sistema de Saúde no País, apesar dos investimentos anunciados pelos governos estaduais e Federal. As reclamações ficaram claras na pesquisa realizada pelo instituto Datafolha, no mês de junho, na qual a maior preocupação dos brasileiros é com a Saúde. O Nordeste aparece como a região do País onde há maior preocupação: 38% apontaram o tema como o de maior angústia em relação ao futuro. Em Pernambuco, perde só para a segurança. Nesta segunda reportagem da série com propostas dos candidatos ao Governo do Estado, a Folha e Pernambuco aborda esse polêmico assunto. Uma área em que muito se promete, mas pouco se cumpre.
O Estado, segundo dados a Secretaria de Saúde, vem investindo mais que os 12% previstos em Lei. Em 2010, foram 17,64%; em 2011, 15,73%; em 2012, 15,74%; e em 2013, um pouco menos, 4,96% da arrecadação estadual (algo em torno de R$ 2,18 bilhões). Nos últimos três nos, a aplicação real de recursos (sem os custos da rede) foi de R$ 551 milhões. O volume total do orçamento governamental para Saúde, no ano passado, que inclui convênios e recursos do SUS, foram de R$ 4,2 bilhões. Para este ano, estão previstos R$ 4,58 bilhões, segundo balanço feito pela pasta a pedido da reportagem.
Atualmente, são 34 hospitais administrados pela Secretaria e Saúde, sendo o Mestre Vitalino o último construído, em Caruaru. Para este ano, há a promessa de inauguração do Hospital da Mulher do Agreste, também no município do Agreste.
Há 15 Unidades de Prontoatendimento (UPAs) ligadas ao Estado. Também há nove Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs), que levam especialista ao Interior, com expectativas de entrega de mais seis neste ano. Há 9.500 leitos disponíveis em Pernambuco, sendo 1.022 deles em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs). A secretaria administra 27 mil servidores, cerca de cinco mil deles são médicos. O sistema faz 1,3 milhão de atendimentos mensais.
Paulo Câmara (PSB), da Frente Popular, candidato da situação, obviamente, defende o legado deixado na área pelo ex-governador Eduardo Campos e o atual, João Lyra Neto (PSB). Mas acrescenta promessas, entre elas a construção de três novos hospitais e mais Unidades de Pronto-Atendimento. Armando Monteiro Neto (PTB), da coligação Pernambuco Vai Mais Longe, defende uma maior descentralização, além de interiorização dos serviços de saúde. Os postulantes de partidos pequenos, todos de esquerda, defendem desde o fim das decisões centralizadas na área até concursos para preenchimento de vagas, já que acreditam que a saúde pública anda “privatizada” em Pernambuco.
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