sexta-feira, 27 de abril de 2012

UFRPE concede título de Doutor Honoris Causa a Eduardo Campos

“Eu nunca imaginei que 26 anos depois eu fosse receber esse título que eu deixei lá atrás, porque optei pela política. Eu escolhi fazer doutorado junto com o povo, com o grande mestre da política Miguel Arraes”.

As palavras são do governador Eduardo Campos que nesta sexta-feira (27) recebeu o título de Doutor Honoris Causa concedido pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em reconhecimento ao seu trabalho como Ministro da Ciência e Tecnologia (MCT) do Governo Lula nos anos de 2004 e 2005.

O evento reuniu uma expressiva representação da comunidade acadêmica, além de empresários, políticos, familiares e amigos do homenageado. O título de Doutor Honoris Causa é concedido à personalidades que se distinguiram pelo saber, ou pela atuação em prol das artes, das ciências e também do melhor entendimento entre os povos.

A homenagem, realizada no Salão Nobre da Universidade, foi presidida pelo reitor da UFRPE, Valmar Corrêa de Andrade. “O senhor investiu na educação e na tecnologia da informação. Nós estaremos sempre do seu lado”, disse o reitor ao governador, antes de entregar-lhe o certificado. 

A proposta do título foi das professoras Helena Simões (Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal) e Maria Mascena Diniz (Departamento de Biologia). “Nunca tivemos um ministro tão próximo da vida acadêmica. Eu estava na Universidade Federal do Paraná quando um professor começou a comentar que estava impressionado com a atuação do Ministro da Ciência e Tecnologia, daí surgiu a ideia”, lembrou Helena.

Já devidamente vestido com a samarra e o capelo azul (cor que representa as ciências sociais, exatas e da natureza), Eduardo lembrou de sua atuação à frente do MCT quando criou o programa de Biossegurança, liberando os estudos com células-tronco, e a Lei de Inovação Tecnológica, que diminuiu o abismo entre as empresas e os centros de pesquisas, entre outras iniciativas. 

Depois destacou a parceria do Governo de Pernambuco com a comunidade acadêmica em trabalhos como o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), da própria UFRPE. Ele afirmou que o maior desafio é fazer com que a pesquisa saia das pranchetas e melhore a vida das pessoas.

“É preciso compreender a produção do conhecimento e o próprio conhecimento não como um fim em si mesmo, mas como algo que em última instância deve, acima de tudo, servir ao homem”, cravou.

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