Três dias após a presidente Dilma anunciar que nenhuma obra em andamento no Nordeste seria prejudicada por causa dos cortes de R$ 50 bilhões, o prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (PTB), denunciou, ontem, que as obras da Transnordestina pararam em seu município.
Ali, segundo o trabalhista, foi iniciada a construção de um túnel de 900 metros, obra tocada pela Odebrecht, que já fechou o seu escritório e dispensou mais de 500 trabalhadores. “Não sei, na verdade, o que está acontecendo, mas a notícia é muito triste para o nosso povo, porque as obras estavam gerando emprego e movimentando a economia do município”, disse Cavalcanti.
Na realidade, não é apenas Arcoverde que começa a pagar um preço alto por causa do ajuste fiscal de Dilma. No trecho de Custódia, a 100 km de Arcoverde, a ferrovia também parou. Já em relação às obras da Transposição do São Francisco três lotes foram suspensos e os demais andam a passos de tartaruga.
O engraçado, entretanto, é que, na segunda-feira, em Aracaju, os governadores assinaram um documento que, no seu primeiro item, clamava para o Nordeste não parar. O discurso do Governo soa uma maravilha aos ouvidos dos áulicos, mas está distante da realidade vivenciada nos rincões em que projetos indutores da economia, como a Transnordestina e a Transposição, são vistos como tábua de salvação. (Magno Martins)
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