(Da Agência Senado)
Brasília – A reforma da previdência social deve estar no centro da agenda política do país, afirmou à Agência Senado o senador Armando Monteiro (PTB-PE). Ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro advertiu que, embora seja um país com população jovem, o Brasil tem um custo previdenciário, principalmente no setor público, semelhante ao de nações com populações mais velhas, como as da Europa.
- Se não fizermos nada hoje, seremos imprevidentes - disse o parlamentar.
O que preocupa o senador é a sustentabilidade do sistema: o pagamento de aposentadorias e pensões, segundo ele, tem um peso cada vez maior no Orçamento federal e reduz a capacidade de investimento do Estado em outros setores estratégicos, como infraestrutura produtiva, educação, saúde e segurança pública.
Equívoco – Armando Monteiro reconhece que a reforma da previdência tem uma interpretação equivocada em uma parte da sociedade, por ser vista como subtração de benefícios e redução de direitos. Mas, como observou, será o próprio trabalhador o maior prejudicado pelo adiamento de mudanças necessárias.
- Se não tirarmos o sistema do risco, quem pagará a conta é o futuro aposentado. A reforma da previdência tem, portanto, a finalidade de preservar as futuras gerações - disse.
Coragem – O senador disse que é preciso ter coragem para discutir as mudanças e alertou para riscos de uma contra-reforma em projetos que acabam com o fator previdenciário, introduzido pela reforma de 1998.
De acordo com Armando Monteiro, o fator previdenciário foi um passo adiante na sustentabilidade do sistema, por estimular a ampliação do tempo de contribuição do trabalhador e desestimular a aposentadoria precoce.
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