As conseqüências da paralisação das obras da Transnordestina no trecho de Arcoverde e a operação tartaruga nos demais canteiros entre Custódia e Pesqueira são mais graves do que se possa imaginar. A Odebrecht, responsável pela construção de um túnel de 900 metros em Arcoverde, deixou um rastro de débitos de arrepiar. Só a donos de postos de combustíveis, devidamente cadastrados como fornecedores, a dívida supera a R$ 10 milhões.
Há sinais fortes de calotes em outros setores do comércio. Um fornecedor de areia em Arcoverde, proprietário de uma mineradora, deu a informação com a promessa deste colunista de não vazar a fonte: tem para receber da Transnordestina Logística S/A, empresa da PPA responsável pelo pagamento dos serviços, algo em torno de R$ 1,7 milhão. “Estou em tempo de enlouquecer.
Confiei na palavra empenhada do Governo e me dei mal”, desabafou. Na área social, os efeitos também são devastadores. Foram jogados na rua da amargura mais de 500 trabalhadores, grande parte não indenizada.
Em Custódia, onde a obra avançou mais do que Arcoverde, os fornecedores, principalmente hoteleiros, donos de restaurantes e postos de gasolina, temem não receber a bolada a que têm direito. Há quatro dias, reunida com nove governadores do Nordeste em Aracaju, Dilma afirmou que os cortes não atingiriam obras na Região. Vá acreditar! (Magno Martins)
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