quinta-feira, 19 de maio de 2011

Análise de leite cru deverá ser mensal a fim de atender Instrução Normativa do Mapa‏

Em visita, nesta terça-feira, 17, ao Laboratório de Análise de Leite (Progene) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), o secretário de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, Ranilson Ramos, disse que vai ampliar as discussões com representantes da cadeia produtiva do leite para que a análise mensal do leite cru passe a ser uma exigência de protocolo para atender a Instrução Normativa – 51 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A IN-51 regulamenta a produção, refrigeração, transporte e comercialização do leite cru.

Com capacidade para receber 100 mil amostras de leite por mês para análise, o Progene recebe apenas 10 mil amostras, informou o coordenador do Laboratório e diretor do Departamento de Zootecnia da UFRPE, Severino Benone. Ele explicou ao secretário que o Progene é o único Laboratório da região Nordeste a fazer esse tipo de análise com equipamentos de ponta nos níveis dos melhores do mundo. “Estamos aguardando, inclusive, para os próximos dias, certificação ISO 17025 e credenciamento do Mapa para fazer análises até para organismos internacionais”, comemora Benone.

O secretário Ranilson Ramos, acompanhado da gerente geral da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro), Erivânia Camelo, falou que o Governo do Estado vem trabalhando com os produtores rurais familiares para a adequação a IN-51. “Estamos concluindo as obras de Centros Comunitários que vão abrigar 98 tanques de resfriamento com capacidade para resfriar quase 200 mil litros de leite/dia”, destacou Ramos, adiantando que vai levar o assunto para ser tratado no próximo encontro da Câmara Setorial do Leite previsto para o próximo mês. “A qualidade dos produtos que chegam à mesa do consumidor passa pela análise da qualidade e se temos potencial para isso devemos fazer”, afirmou.

A partir da análise da qualidade do leite, o produtor obtém dados sobre os níveis de proteína, lactose, gordura, sólidos totais, além da contagem bacteriana. “Isso permite fazer o manejo de todo o rebanho, controlando desde a nutrição do animal até a reprodução”, avaliou Severino Benone. O custo com as análises no Progene varia de R$ 1,30 a R$ 10,00, enquanto nos laboratórios comerciais esses valores ficam entre R$ 50,00 e R$ 500,00, dependendo do tipo de análise.

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