A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda nesta segunda-feira (27), reagindo ao resultado das eleições presidenciais da véspera, que mostraram a reeleição da presidente Dilma Rousseff, por uma margem apertada.
Às 12h18, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía 4,05%, a 49.838 pontos. Mais cedo, a bolsa chegou a cair mais de 6%.
Por volta do mesmo horário, as ações da Petrobras despencavam mais de 12%. As ações da Eletrobras também tinham queda acima desse patamar.
As ações do Banco do Brasil, por sua vez, caíam cerca de 7%, após terem despencado 12% mais cedo.
Uma das principais insatisfações de operadores e analistas vinha do que consideram como intervenção excessiva nas estatais que, em sua visão, deve persistir com a continuidade de Dilma no Palácio do Planalto.
"Se Dilma optar por um caminho diferente, pode conseguir acalmar o mercado. Caso insista em nomes que não são bem aceitos pelo mercado, teremos mais quatro anos extremamente ruins na economia. No primeiro momento, o mercado não irá dar o benefício da dúvida a ela", disse à Reuters o gestor de um fundo no Rio de Janeiro, pedindo para não ser identificado.
No caso de Petrobras, o UBS colocou a recomendação de "compra" e o preço-alvo de R$ 20 em revisão, citando incertezas relacionadas aos preços do petróleo e à taxa de câmbio, bem como ao cenário político.
A cotação do dólar também reage ao resultado das eleições. A moeda opera em alta nesta segunda, passando dos R$ 2,50.
O movimento reflete a decisão do mercado de não dar o benefício da dúvida ao governo em um primeiro momento, no aguardo de sinais claros sobre como serão enfrentados os difíceis desafios no campo econômico e, particularmente, quem será o novo ministro da Fazenda, conforme profissionais do mercado ouvidos pela Reuters.
Na sexta-feira, último pregão antes do segundo turno das eleições, a bolsa fechou em alta de 2,42%, a 50.595 pontos. A alta no dia ajudou a reduzir as perdas na semana para 6,8%, bem como colocou o desempenho acumulado no ano novamente no azul, com alta de 0,84%. (Do G1)
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