“Um momento importante, que dá a partida para uma nova investida no enfrentamento definitivo do verdadeiro risco-Brasil, que é o fato de ainda existirem pessoas vivendo em situação de extrema pobreza”. Foi assim que o governador Eduardo Campos avaliou o lançamento do programa Brasil Sem Miséria no Nordeste, realizado nesta segunda-feira, 25/07, em Arapiraca/AL.
Segundo o Governo Federal, de cada dez pessoas extremamente pobres do Brasil, seis estão no Nordeste. Nos nove estados da região encontram-se 9,6 milhões de brasileiros vivendo em situação de extrema pobreza. Nesta primeira etapa, as ações do Plano vão seguir em quatro eixos principais: o acesso à água na zona rural do semiárido; aumento da produção da agricultura; promoção de assistência técnica e acordos para compra dos produtos pelo governo e por redes de supermercados, além da ampliação da oferta de serviços de saúde.
O evento que marcou o lançamento do programa foi precedido de uma reunião, durante a qual ministros de Estado e os governadores do Nordeste pontuaram as realidades dos seus estados e fizeram sugestões de adaptações ao inicialmente planejado como foco do programa. Eduardo fez questão de dizer que, tão importante quanto as medidas que visam beneficiar segmentos sociais com renda insuficiente, é atacar problemas estruturais que afetam grandes parcelas da população, caso concreto das deficiências do Sistema Único de Saúde –SUS.
“Estamos enfrentando problemas muito graves nesta área, presidenta Dilma, e estamos dispostos a contribuir na concretização de soluções. Faltam médicos e nós governadores podemos contribuir para o aumento da oferta de vagas no cursos de medicina, como estamos fazendo em PE. Mas o principal é que precisamos garantir mais recursos para refazer a atenção primária em programas como o de Saúde da Família”, disse o governador, que propôs também a vinculação do Plano Brasil Sem Miséria ao programa de enfrentamento as drogas.
Eduardo pediu ainda mais investimentos no programa de garantia-safra e apoio aos trabalhadores de culturas como cana, fruticultura e laranja em vários estados da região. “Fortelecer alguns arranjos produtivos como o da cana, por exemplo, é forma segura de garantir emprego e renda proteger a família das conseqüências da pobreza”, acrescentou.
Para o eixo da compra direta de alimentos produzidos pela agricultura familiar, o governador de Pernambuco propôs a compra dos produtos dos agricultores rurais para distribuição da merenda nas escolas como já é realizado em Pernambuco. "Já estamos com esse modelo em 173 escolas, beneficiando 150 mil alunos de munícipios onde há maior vulnerabilidade. A criança chega, se alimenta e estuda", explicou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário