A antiga fábrica da Pilar, no bairro do Recife, vai abrigar o maior moinho da M. Dias Branco no Brasil. O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Campos e pelo vice-presidente do grupo, Ivens Dias Branco, nesta sexta-feira (1º) no Palácio do Campo das Princesas. O novo equipamento vai receber R$ 141 milhões em investimentos e vai entrar em operação em 2013. O novo moinho terá capacidade de moer 600 toneladas/dia. O projeto de expansão do grupo prevê ainda mais dois moinhos: um para 2015 e outro para 2018. Serão mais R$ 240 milhões aportados e a previsão é que sejam gerados 72 empregos diretos em cada um deles. Ao final de sete anos, a empresa terá capacidade total de moagem de 485 mil toneladas de trigo por ano e um faturamento em torno de R$ 635 milhões. Além do mercado interno, o produto seguirá para outros estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará.
Nesse primeiro momento, a farinha produzida abastecerá principalmente as duas plantas da empresa que funcionam em Pernambuco: a da Vitarella – adquirida pelo grupo M. Dias Branco em 2008 – e a da Pilar, comprada há cerca de dois meses. Nesses três anos, o grupo investiu mais de R$ 1 bilhão em Pernambuco e gerou 2.300 novos postos de trabalho.
Uma fábrica de massas secas, tipo espaguete e massas instantâneas, também será implantada ao lado do novo moinho. Para isso, serão aproveitadas as 600 pessoas que já trabalham na fábrica atualmente. Já a planta industrial receberá investimentos em torno de R$ 80 milhões para modernização do espaço e compra de novos equipamentos. “Esse novo investimento vem demonstrar a nossa crença na seriedade do estado, nas pessoas que tem realizado esse trabalho aqui”, disse o diretor vice-presidente da M. Dias, Ivens Dias Branco Júnior.
O governador afirmou que o moinho vai dar mais competitividade ao setor de alimentos no Nordeste brasileiro. “O crescimento da indústria de alimentos está se dando com grande expressão numa casa acima dos 20%. Isso demonstra a importância de a gente sair crescendo e distribuindo renda”, disse Eduardo, que destacou ainda a trajetória do grupo cearense, que começou no interior do Ceará a partir de uma padaria, e que no ano passado fechou seu balanço com R$ 3 bilhões em faturamento.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, destacou que a M. Dias Branco se junta a outros 46 projetos do setor industrial que receberam incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) para iniciar suas operações no estado. “São 2,7 bilhões em novas indústrias, com destaque para o setor metal-mecânico e para o de alimentos, que vão gerar 4.500 novos empregos”, disse.
Geraldo Júlio também comemorou a oportunidade de saborear biscoitos que há muitos anos estão fora da linha de produção. A direção da empresa confirmou a produção de pelo menos três deles: os biscoitos Brasília, Wembley e os tradicionais Sortidos. Com 23,4% do mercado de biscoitos e 24,7% do de massas secas, a M. Dias Branco se consolida como líder nacional na fabricação e venda desses produtos. A empresa tem participação também nos setores de moagem de trigo, refino de óleo, gorduras, margarinas e cremes vegetais.
Além do Ceará, está presente ainda, seja numa das 12 unidades industriais ou num dos 23 centros de distribuição, no Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Maranhão, Piauí, Paraíba, Amazonas, Pará e no Distrito Federal.
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