O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), conversou,
nesta terça-feira (6), com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, para
articular uma reunião em Pernambuco com a finalidade de discutir a
questão da violência nos estádios e como melhorar a segurança para a
realização dos jogos.
A ideia é de que também participem do encontro os
presidentes dos clubes locais, representantes da Confederação Brasileira
de Futebol (CBF) e da Federação Pernambucana de Futebol (FPF).
No discurso da tribuna, Humberto lamentou a morte do
torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, atingido por um vaso sanitário
lançado do estádio do Arruda por integrantes da Inferno Coral, após um
jogo entre Santa Cruz e Paraná Clube, no último dia 2, pela série B do
Campeonato Brasileiro.
Humberto avalia que é necessário discutir regras que punam severamente os responsáveis, mas que a penalidade não seja draconiana a ponto de inviabilizar a já dramática situação financeira dos clubes.
"Precisamos encontrar um meio termo entre responsabilizar severamente os envolvidos e evitar que a punição torne-se uma revanche e uma humilhação, que inviabilizem os times”, declarou.
Ele classificou o crime ocorrido no Recife como um "ato de
barbárie, de extrema crueldade" e propôs um voto de pesar do Senado em
memória do jovem morto.
Para o líder do PT, muitos criminosos agem em torcidas
organizadas para formarem verdadeiras quadrilhas em todo o país ao
ajudarem uns aos outros a cometer crimes e vandalizar em dias de jogos.
"É preciso combater essas quadrilhas. Não podemos aceitar
mais esse tipo de comportamento." O líder do PT avalia que um sujeito
que vai a um estádio disposto a agredir outro não é um torcedor, e sim
um "criminoso que prejudica o próprio time".
O Santa Cruz, por exemplo, perdeu dois mandos de campo,
terá que jogar com portões fechados e pode perder, ainda, mais 10 mandos
de campo e pagar multa de R$ 100 mil.
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