O governador João Lyra Neto recebeu, nesta quinta-feira (11/12), o relatório final elaborado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), criada com o objetivo de apurar e esclarecer as circunstâncias e autoria das violações aos direitos humanos cometidas no período entre 1946 a 1988. O documento, que foi entregue por um dos integrantes do colegiado responsável pela apuração dos fatos, o advogado José Paulo Cavalcanti, relaciona 377 nomes sob a qualificação de “autores de graves violações de direitos humanos” e 434 vítimas, assim como os locais das violações com mapas e fotos.
“Com esse relatório, a Comissão Nacional da Verdade assegura o direito à memória e à verdade histórica”, afirmou o chefe do Executivo estadual, ao ressaltar que Pernambuco foi um dos primeiros estados a constituir, em 2012, uma Comissão com o mesmo propósito, batizada de Dom Helder Camara. O grupo, formado por nove integrantes, foi instituído para apurar e esclarecer crimes de sequestro, morte, desaparecimento e tortura ocorridos no território de Pernambuco ou contra pernambucanos.
Após o encontro, José Paulo Cavalcanti afirmou que a Comissão tinha obrigação de entregar um exemplar do documento a Lyra Neto, o qual classificou como “grande liderança” e “importante ator político”. Cavalcanti também lembrou a participação do ex-ministro e irmão do governador, Fernando Lyra, como um “combatente da liberdade”. “Os dois têm credenciais para receber essa deferência”, justificou a visita. “Com esse gesto, também demonstramos a importância do Governo de Pernambuco nessa cruzada na direção da liberdade e dos direitos humanos”.
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