Pasta visita as etnias contempladas pelo Programa de Desenvolvimento das Comunidades Indígenas, criado para compensar, minimizar e controlar os impactos do Projeto de Integração.
Brasília-DF, 3/12/2014 - O Ministério da Integração Nacional (MI) promoveu, na última semana, o seminário "Povos Indígenas e o Projeto São Francisco" para as três etnias assistidas pelo Programa de Desenvolvimento das Comunidades Indígenas - o programa é uma das 38 estratégias da pasta para compensar, minimizar e controlar os impactos provocados pela implantação e operação do Projeto de Integração do Rio São Francisco.
O encontro foi realizado com as etnias Pipipã (25/11), Tumbalalá (26) e Kambiwá (27), localizadas no sertão da Bahia e de Pernambuco. Na ocasião, os indígenas apresentaram os resultados das capacitações recebidas nos últimos dois anos. Nesse período, o MI desenvolveu ações de implantação de infraestruturas em organização social e gestão produtiva, com o objetivo de proporcionar melhores condições de vida, autonomia socioeconômica e ambiental a esses povos.
O seminário, que marcou o encerramento das atividades do programa, contou ainda com manifestações culturais e proporcionou discussões entre os representantes das etnias e instituições parceiras. Para a coordenadora geral de Programas Ambientais do MI, Elianeiva Odisio, os povos indígenas ampliaram ainda mais seus horizontes. "As capacitações foram muito bem aproveitadas, com a produção dos vídeos e do projeto de cozinha comunitária. Eu acredito que ainda trarão mais frutos", afirmou Elianeiva.
O representante da Fundação Nacional do Índio (Funai), Ivo Augusto, ressaltou que as ações desenvolvidas pelo MI junto às comunidades proporcionaram o crescimento do protagonismo indígena. "O seminário é uma atividade muito significativa, pois trata de um programa básico ambiental. As ações são totalmente consideradas a partir da visão indígena e eles são responsáveis por pensar e por executar essas ações com o apoio dos órgãos", disse Augusto.
Os membros da etnia Pipipã elaboraram um vídeodocumentário, exibido no seminário, para retratar as dificuldades enfrentadas pelos povos indígenas no período da seca. O cacique Valdemir Lisboa destacou a importância das capacitações. "O povo Pipipã mostrou sua capacidade de produzir, de participar e de ser protagonista na construção da sua própria história, do jeito que nós somos, que vivemos e que gostamos", contou o cacique.
Cinco módulos
As capacitações promovidas pelo Ministério da Integração Nacional contaram com cinco módulos de trabalho e os temas das oficinas foram escolhidos, em grande maioria, pelas próprias etnias. Foram abordados assuntos como organização social e gestão produtiva, que abordam questões como associativismo e cooperativismo, criação de animais de pequeno e médio portes, beneficiamento de frutas, gestão de resíduos sólidos, agricultura orgânica, agrofloresta, reflorestamento, implantação e gestão de viveiros.
Programas Ambientais
Os recursos para ações de compensação ambiental promovidas pelo Ministério da Integração Nacional para compensar os impactos do Projeto de Integração do Rio São Francisco somam R$ 1 bilhão e vão trazer benefícios econômicos, sociais e ambientais para as localidades na área de abrangência do empreendimento.
Maior obra de infraestrutura hídrica do país, o projeto emprega, atualmente, 11 mil trabalhadores. Com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), o empreendimento levará água a mais de 12 milhões de brasileiros nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
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