Os empréstimos concedidos às distribuidoras de energia terão um impacto de oito pontos percentuais nas contas de luz no próximo ano, estimou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino. Esse aumento leva em conta os financiamentos feitos pelas companhias para pagar a compra energia no mercado à vista, mais cara em razão da escassez de chuvas e da consequente ativação generalizada e prolongada de termelétricas.
Para fazer essa estimativa, Rufino levou em consideração o empréstimo de R$ 11,2 bilhões intermediado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e outro de R$ 6,5 bilhões, que está sendo negociado pelo governo. Entretanto, ele detalhou que essa estimativa pode mudar se voltar a chover, e o uso de termelétricas diminuir. Do contrário, a tendência é encarecer ainda mais.
O presidente da Aneel ainda relembrou que, com o vencimento das concessões das geradoras Cemig (MG), da Cesp (SP) e da Copel (PR), em janeiro e julho de 2015, o custo da energia tende a diminuir e até compensar o impacto financeiro dos empréstimos para algumas distribuidoras. “O reajuste baliza um conjunto de fatores”, ressaltou.
O presidente da Aneel ainda relembrou que, com o vencimento das concessões das geradoras Cemig (MG), da Cesp (SP) e da Copel (PR), em janeiro e julho de 2015, o custo da energia tende a diminuir e até compensar o impacto financeiro dos empréstimos para algumas distribuidoras. “O reajuste baliza um conjunto de fatores”, ressaltou.
Nas contas da Safira Energia, o aumento nas contas de luz chegará a 25% com os dois empréstimos em 2015. Entretanto, a consultoria não descartou revisar esse percentual para cima ou para baixo, uma vez que o governo pode evitar grandes reajustes que terão impacto significativo na inflação. Para o diretor-geral da CMU Comercializadora, Walter Froes, o maior ou menor uso de termelétricas terá um peso fundamental nessa conta. “No fim, sempre sobra para o consumidor”, previu.
Adiamento
A diretoria da Aneel também aprovou ontem que o pagamento das operações de compra de energia no mercado de curto prazo, no valor de R$ 1,31 bilhões, seja feito pelas distribuidoras somente em 28 de agosto. Com esse adiamento, o governo ganha tempo para negociar as condições para o novo finaciamento de R$ 6,5 bilhões. Desse total, R$ 3 bilhões devem ser repassados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O restante será emprestado por outras instituições financeiras que querem uma taxa de juros maior.
Para eles, essa operação representará um risco maior, uma vez que será o segundo empréstimo para socorrer o setor elétrico. Na avaliação de Froes, esse adiamento preocupa porque deixa as empresas expostas. “As companhias que deveriam receber agora terão que arcar com compromissos no início de agosto. Fizeram uma inversão incorreta de calendário”, detalhou.
Na opinião do gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos, haverá um descompasso no fluxo de caixa das empresas que precisam receber pela venda de energia. “Essa decisão terá um impacto no mercado e nas operações.”
Fonte: DP
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