Uma exposição de caráter permanente sobre o período do domínio holandês em Pernambuco, entre 1630 e 1654, e uma mostra itinerante reunindo fotografias de profissionais de diversos países estão sendo organizadas pelos governos de Pernambuco e da Holanda. Em reunião entre o secretário executivo da Casa Civil e de Cultura, Marcelo Canuto, o presidente da Fundape, Severino Pessoa, o embaixador da Holanda no Brasil, Kees Rade, e o cônsul honorário, Basten Ruijsenars, foram acertados detalhes para a viabilização dos projetos culturais, sobretudo da mostra fotográfica itinerante com trabalhos de profissionais de diversos países.
No que se refere à exposição permanente, intitulada “A Presença Holandesa em Pernambuco” a ideia é reunir em seu acervo livros, pinturas e vários objetos que contam a história do domínio holandesa no Estado.
O secretário afirmou que o Governo de Pernambuco tem total interesse em colaborar com os projetos e disse que já nos próximos meses será realizada uma reunião com o corpo técnico do Museu do Estado para estudar a viabilidade de montar a exposição logo após o carnaval. Outra opção é realizá-la na Torre Malakoff. “Tudo dependerá das condições técnicas e do arranjo financeiro, mas que a parceria com a Holanda para trazer as duas mostras para Pernambuco é um compromisso de Governo”, destacou.
Já a mostra fotográfica, “A Presença Holandesa na Economia Açucareira”, que já visitou alguns países, reúne um rico acervo fotográfico de profissionais a exemplo de Alejandro Chaskielberg, da Argentina; Ed Kashi e James Whitlow Delano, dos Estados Unidos; Francesco Zizola, Itália; Tomasz Tomaszewski, Polônia; e Carl De Keyze, Bélgica. A exposição foi organizada pela instituição holandesa Nooderlicht Photography e leva o visitante a um passeio no passado histórico da produção açucareira no Brasil, Holanda, Suriname e Indonésia.
O Embaixador Kees Rade mencionou, ainda, a criação da Casa Maurício de Nassau, que já está em tramitação no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Brasília. Segundo ele, o espaço poderá vir a abrigar a exposição permanente, com livros, documentos e objetos de relevante valor histórico. O secretário Marcelo Canuto destacou a importância do espaço como um marco que assegure a preservação da memória e o registro da presença holandesa em Pernambuco.
Marcelo Canuto defendeu ainda que a Casa Maurício de Nassau seja instalada no Bairro do Recife, sobretudo por ser um corredor turístico já consolidado, além de uma região de grande potencial para a mostra de acervos artísticos e culturais. Também foi discutida a preservação do Forte Orange, na Ilha de
Itamaracá, maior marco da presença holandesa no Estado. Para isso, Marcelo Canuto disse que pode ser feita uma parceria com os Governos Federal e holandês, no sentido de melhor a infraestrutura do local, além de aproveitar o enorme potencial turístico local, que só no ano passado, segundo o próprio embaixador Kees Rade, recebeu 130 mil visitantes.
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