O senador Magno Malta (PR) não definiu neste domingo se será ou não candidato ao governo do Estado. Ele promete tomar a decisão hoje, última dia de convenções partidárias, após conversar com várias partidos, entre eles o PSB do governador Renato Casagrande, cotado para receber o PR e dar ao delegado Fabiano Contarato (PR) a vaga de candidato ao Senado na chapa. Magno não usou tom de pré-candidato na convenção do PR e sinalizou que não entrará na briga contra Paulo Hartung (PMDB) e Casagrande. Disse, aliás, que se dedicará a “cruzar o país” fazendo campanha para o candidato do PSC, pastor Everaldo, à presidência. Vice-presidente do PSC nacional, Everaldo participou de parte do evento do PR, do qual fez parte o PSC local, presidido pela deputada federal Lauriete, esposa de Magno.
Ao anunciar apoio ao pastor, criticou duramente Dilma Rousseff (PT), comparando-a ao rei Saul, que na passagem bíblica vira governante de Israel por indicação divina, mas acaba decepcionando a Deus: “Deus não mandou Saul fazer lambança. Saul está no poder no Brasil. Fazem um striptease moral com nosso dinheiro”. A chapa de Casagrande ainda não tem candidato ao Senado. Ela poderia receber Fabiano Contarato, estreante em eleições, mas tratado como estrela do PR. Faltaria definir qual partido a aliança PR-PSC acrescentaria nas chapas de deputados. Nesse cenário, teria de ser alguma sigla que já está no leque de parceiros do PSB.
“Se houver espaço para o nosso senador, podemos conversar, desde que tenham partidos para somar conosco para eleger três ou quatro deputados do PR (na votação proporcional)”, disse o deputado Gilsinho Lopes (PR). O PSB foi representado no evento do PR pelo secretário de finanças do partido, Paulo Júnior. Para definir o futuro da legenda, Magno frisou que também conversaria com o presidente do PDT, Sérgio Vidigal, seu amigo pessoal. Mas a coligação dos pedetistas com o PT está praticamente fechada, o que dificulta essa aproximação.
Coligações
Em entrevista, porém, Magno Malta, evitou confirmar a tendência de apoio ao PSB. O senador, porém, frisou que não decidirá por coligações que tornem mais difícil a eleição de alguns dos mais de 60 candidatos aos Legislativos estadual e federal.
“Vocês não serão comida de onça para ninguém. Se tivermos que nos afogar, nos afogaremos todos juntos”, discursou.
Ao postergar a decisão, Magno Malta frustrou republicanos, como o ex-prefeito de Vila Velha, Vasco Alves, e o vereador da Serra, Gideão Svensson, que defenderam a candidatura própria do PR ao governo. (Gazzeta)
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