Por Marcelo Montanini
Da Folha de Pernambuco
À margem da polarização entre o senador Armando Monteiro Neto (PTB) e o ex-secretário Paulo Câmara (PSB) na campanha pelo Governo de Pernambuco, alguns candidatos com programas mais carregados de ideologias e campanhas pouco divulgadas afinamo discurso e tentam se diferenciar do discurso moderado e, em alguns momentos, centrado em críticas pessoais, além de assuntos polêmicos. Na última semana, PSOL e PSTU homologaram seus candidatos ao Governo, o dirigente José Gomes Neto e o servidor público Jair Pedro, respectivamente.
O PCB deve oficializar a postulação do bancário Miguel Anacleto, no próximo sábado. Apesar de o PEN ter um pré-candidato, o secretário-executivo Regional do partido, Michel da Matta, a legenda vive um dilema interno – ter ou não candidatura própria -, que deverá ser resolvido na convenção, no próximo domingo, dia 29. A pouca quantidade de filiados da sigla no Estado também preocupa. Diante disso, a legenda espera filiar militares para disputar o pleito.
Com exceção do PEN, que possui uma orientação baseada na Social Democracia Cristã, os demais partidos são de esquerda e sugerem reformas em algumas situações vigentes e priorizam temas secundários na agenda dos principais candidatos à sucessão. Os três partidos, inclusive, tentaram formar uma Frente de Esquerda, mas as conversas não tiveram êxito.
Para os candidatos do PSOL, PSTU e PCB, as duas candidaturas que polarizam a pré-campanha fazem parte do mesmo projeto político, visto que até outubro do ano passado estavam no mesmo Governo, e defendem a continuidade do que foi feito até então. “O que distingue é o interesse de poder”, avalia Zé Gomes.
Durante a campanha, alguns postulantes deverão tentar pautar o debate com assuntos sensíveis à população, como segurança pública, drogas, transporte público e seca. “Precisamos apresentar projetos que minimizem a homofobia, o racismo e o machismo. Além de também focar no campo, em relação à seca”, pondera Jair Pedro.
Também será abordado os índices sociais deixados pelo Governo Eduardo Campos e a demanda por mais participação popular nas decisões do poder público. O comunista afirma que o carro-chefe da sua campanha será o eixo programático de “poder popular”, que consiste na criação de conselhos populares. “Mas não como esses que querem criar com modelo de poder concretado e excludente”, explica Anacleto. “Queremos inserir a população nas decisões do Estado”, acrescenta.
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