quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Humberto quer engajar sociedade na aprovação da reforma política

A reforma política deve ser prioridade na opinião do senador Humberto Costa (PE), líder do PT no Senado. Costa defendeu que o partido oriente as suas bancadas no sentido de travar este debate, ontem, em entrevista ao Programa Jogo de Poder, da Rede CNT. Assim como o senador, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, acredita que a reforma política só acontecerá se houver um movimento da sociedade.

"Eu acredito que é necessário haver uma mobilização, inclusive externa ao Congresso Nacional, para se aprovar a reforma a Reforma Política", analisa Dutra. Ele reconhece que talvez este tema não sensibilize a população, mas avalia que "do jeito que está não pode continuar". Ontem, na mensagem que encaminhou ontem ao Congresso, a presidenta Dilma Rousseff também defendeu a retomada dos debates sobre o tema.

"Trabalharemos em conjunto com esta Casa para a retomada da agenda da reforma política. São necessárias mudanças que fortaleçam o sentido programático dos partidos brasileiros e aperfeiçoem as instituições, permitindo mais transparência ao conjunto da atividade pública", disse a presidente, em discurso na abertura dos trabalhos do Legislativo.

Propostas

"O PT defende a reforma política, mas temos que ter claro que esta não é uma reforma fácil de fazer", afirma José Eduardo Dutra. Ele lembra ter participado de uma comissão no Senado que aprovou um projeto de reforma política que estabelecia o voto distrital misto, voto em lista e financiamento público. "Todas matérias que continuam na ordem do dia".

Segundo ele, é preciso modificar particularmente a questões relativas aos financiamentos de campanha e caminhar no sentido do voto em lista. "Seja o voto 100% proporcional, com lista fechada, seja tentando um meio termo, que seria o voto distrital misto – metade seria eleita pelo sistema majoritário e a outra metade pelo sistema proporcional, com lista fechada", diz Dutra.

Ao defender a proposta da lista de candidatos por partido, o senador Humberto Costa argumenta que o voto partidário vai fazer com que as legendas tenham discurso único levando ao fortalecimento de ideários e de concepções ideológicas.

"Nós vamos ter uma sociedade realmente representada proporcionalmente", analisa Costa, e acrescenta, "a principal razão para a defesa da lista partidária na eleição proporcional é que nós podemos, enfim, implantar o financiamento público".

Para Costa , esta é uma condição fundamental para a democracia avançar, com a criação de mecanismos que garantam a diversidade e o mínimo de recursos para que as campanhas. "Até porque um dos objetivos do financiamento público e da limitação de gastos é dar condições iguais a todos para que possam defender suas ideias". (Blog da Folha)

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