quarta-feira, 23 de maio de 2012

Deputado alerta sobre preservação das matas ciliares dos açudes do Sertão pernambucano

Além de defender as ações emergenciais de combate a seca no Nordeste, o deputado Júlio Cavalcanti (PTB) ressaltou, durante pronunciamento realizado na tarde desta quarta-feira (23), na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), que o Governo deve priorizar iniciativas que, embora não tragam resultado imediato, em alguns meses, poderão contribuir para reduzir os problemas provocados pela falta de chuva na região. Entre as ações de médio e longo prazo consideradas importantes, o parlamentar destacou a necessidade de preservação das matas ciliares que protegem os nossos açudes.
“Solicito ao Governo do Estado a urgente elaboração e implantação de um programa de preservação e proteção das matas ciliares localizadas, principalmente, nas barreiras e nos açudes”, disse o deputado Júlio Cavalcanti. Ele citou como exemplo o açude público Engº Francisco Saboya, mais conhecido como Poço da Cruz, no município de Ibimirim, no Sertão do Estado.
Mata ciliar é a vegetação que se desenvolve ao longo das margens dos rios, lagos e açudes. A sua ausência faz com que a água da chuva escoe sobre a superfície, não permitindo sua infiltração e armazenamento no lençol freático. A consequência é a redução no acúmulo de água e maior evaporação.
 “É uma proteção natural contra o assoreamento. Sem a proteção da vegetação, a erosão das margens leva terra para dentro do açude, que fica barrento e diminuindo a qualidade da água”.
Pernambuco possui 22 grandes açudes construídos no semiárido, que podem acumular nas suas bacias 20,3 bilhões de m³ de água, volume equivalente a oito vezes e meia a baía da Guanabara, a segunda maior baía do litoral brasileiro.
“Diante de tamanha importância, devemos pensar não apenas em medidas emergenciais de combate a seca, que já estão sendo tomadas pelos governos Federal e Estadual, comoperfuração de poços artesianos, o reforço no abastecimento via carro-pipa, juros subsidiados aos agricultores, e a diminuição da alíquota dos impostos incidente na ração animal. Medidas, inclusive, defendidas por mim. Mas entendo que é neste momento de seca que devemos tomar medidas duradouras de convivência com o clima e preservação do meio ambiente”, finalizou o deputado.

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