segunda-feira, 21 de maio de 2012

Irrigação é alternativa para vencer a estiagem prolongada no Nordeste

O secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, apresentou, hoje (21/05), durante a 3ª reunião do Comitê Integrado de Convivência com o Semiárido, o conjunto de ações em fase de implantação que promete reduzir os impactos da estiagem no Estado. Entre as alternativas está o incentivo, por parte do Governo de Pernambuco, ao desenvolvimento de parcerias entre grandes agroindústrias e pequenos fruticultores, o que vai assegurar, por meio da irrigação, a geração de emprego e renda, a exemplo da que já ocorre em Inajá e se estenderá a Floresta, no Sertão do Moxotó.

Nesses municípios, a transferência de tecnologias em sistemas avançados de irrigação promoverá o resgate da cidadania e assegurará ganhos financeiros aos integrantes de associações de cultivadores de coco, melão e melancia. O projeto prevê que, por meio da implantação de casas de embalagens - packing houses, os fruticultores terão a comercialização da produção garantida a preços justos. Além disso, serão adotadas novas práticas de cultivo irrigado, o que permitirá a obtenção de frutos dentro de rigorosos padrões de qualidade, o aumento da rentabilidade e uma maior aceitação nos mercados nacional e internacional.

Em Petrolina, o Distrito do Perímetro Irrigado Muquém, Pedra Grande e Porto de Palha – DIMP, o Governo de Pernambuco investiu R$ 3,8 milhões na implantação de 300 hectares irrigados, beneficiando 150 famílias de agricultores familiares. O projeto funciona em três eixos: a regularização fundiária, por meio da entrega de títulos de propriedade, o uso de tecnologia de ponta em irrigação e a assistência técnica permanente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), que vai acompanhar todo o ciclo produtivo, da escolha da cultura à comercialização.

Ranilson Ramos afirmou que, além das ações emergenciais, como a utilização de carros-pipa, rastreados via GPS, sistemas permanentes de irrigação, e o aproveitamento dos mananciais da região, sobretudo as águas do rio São Francisco, são fundamentais para a manutenção das lavouras e dos rebanhos. “É necessário empreender esforços que venham a permitir não apenas a sobrevivência dos agropecuaristas do Semiárido, mas sua manutenção nas propriedades por meio do uso de modernos e inovadores sistemas de produção que têm na irrigação sua base de sustentação”, afirmou.

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