O
umbuzeiro, árvore nativa da região semiárida, que costumava ser
aproveitado para a alimentação de algumas famílias e de seus animais,
atualmente, tem um destino diferente. O fruto é transformado em doce,
polpa e até licor. A Agroindústria das Comunidades do Pajeú, Água Verde e
Maxixeiro - AGROPAM, que faz o beneficiamento do umbu, é uma das 19
cooperativas e associações que, apoiadas pela Secretária de Agricultura e
Reforma Agrária – SARA, mostram seus trabalhos na 14º Feira Nacional de
Negócios do Artesanato – Feneart. O evento vai até o próximo domingo
(14), no pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda.
Outra
fruta incomum, original da chapada do Araripe, que tem seus derivados
expostos e comercializados no evento é o cambuí. “O cambuí é da família
da jabuticaba. Dela fazemos geleia, doce e licor. E agora estamos
fazendo vinho”, explicou Silvanete de Souza, da associação dos pequenos
agricultores da Serra Paus Dóias – AGRODÓIA, localizada no município de
Exu, responsável pelo beneficiamento da fruta.
Silvanete
destacou, que esse já é o segundo ano que a SARA, por meio da
Secretaria Executiva da Agricultura Familiar - SEAF/ProRural, viabiliza a
participação da associação na Feneart. “Não gastamos para estarmos
aqui. É um apoio importante. É isso que a gente precisa, esse apoio,
essa divulgação. É importante ter essa linha da agricultura que apoia a
agricultura familiar”, afirmou.
De
acordo com o secretário Executivo da Agricultura Familiar -SEAF, José
Cláudio, o governo do Estado vem realizando projetos para o
desenvolvimento dessas iniciativas. “Trazer cooperativas e associações
para mostrarem e comercializarem seus produtos numa feira de
visibilidade nacional como a Feneart é importantíssimo. Aqui eles estão
sendo vistos e conhecidos por gente de todo o país. É a ocasião ideal
para firmarem contatos e crescerem cada vez mais”, destacou Cláudio.
Representando
os produtores da Cooperativa da Agricultura Familiar de Tabira -
Coodapis, o apicultor José Antônio participa pelo quinto ano com o mel
orgânico do Sertão do Pajeú. De acordo com ele, o comércio do produto na
feira sempre supera as expectativas. “Vendemos sempre quase toda a
mercadoria que trazemos”.
Da
Cooperativa das Mulheres Artesãs de Varjada, a artesã Maria da Paz Melo
trouxe mais de mil peças para a exposição. Confeccionadas no município
de Passira, os artigos bordados manualmente, de cama e mesa, além de
roupas para bebês, fazem parte de uma tradição familiar, que passa de
geração para geração. “Agradeço sempre o apoio do ProRural para nossa
participação no evento. É o momento de fazer negócios de integração e
aprendizado”, fala com entusiasmo.
No
estande da SARA, na rua 12/L, pode-se encontrar também artesanatos
feitos com materiais do bioma da Caatinga, artesanatos de palha de
banana, peças em barro, bonecos, fantoches, sandálias de couro,
sabonetes e cremes naturais, doce de xique-xique e bolo de rolo. Os
itens comercializados são produzidos por cooperativas e associações das
cidades de Triunfo, Afogados da Ingazeira, Santa Cruz da Baixa Verde,
Ouricuri, Granito, São José do Egito, Iguaraci, Passira, Orobó,
Machados, Petrolina, Exu, Dormentes, Tabira e Pesqueira. Já os bordados
de Passira encontram-se no estande 225.
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