O senador Humberto Costa subiu à
Tribuna nesta terça-feira (9) para falar sobre a importância do Pacto Nacional
da Saúde, lançado pela presidente Dilma Roussef. Ex-ministro da área
e médico, Humberto foi só elogios às medidas que apresentam soluções para a
carência de profissionais na área em curto, médio e longo prazo. Humberto
também aproveitou para elogiar a conduta de Dilma com relação às manifestações
que ocorreram no País nas últimas semanas.
Segundo Humberto, Dilma está
respondendo as vozes das ruas. “Ela foi a única governante, entre vários países
que tiveram amplas mobilizações de massa nos últimos tempos, a sentar-se a
ouvir os clamores e a tentar buscar soluções para essas inquietações”, avaliou
o senador.
Humberto acredita que projeto
vai ajudar a formar “mais e melhores médicos”. “O que foi apresentado ao Brasil
é uma verdadeira revolução no ensino médico do nosso país”, resumiu o petista.
A proposta do governo é que os estudantes que ingressarem nas faculdades de
medicina a partir de 2015 passem, após os seis anos de formação, mais dois anos
com o registro provisório atuando nas áreas de atenção básicas do SUS e nas
urgências e emergências.
“Isso vai permitir, primeiro, que os
médicos brasileiros tenham uma melhor visão sobre uma medicina geral, uma
medicina comunitária, uma medicina que trate os principais problemas da
população”, defendeu. O Pacto prevê a entrada de 18 mil médicos na atenção
básica em 2021 e a criação de 11.447 novas vagas de graduação em medicina até
2017, distribuídas em 117 municípios.
Já em 2013 serão investidos R$ 7,4 bilhões na construção e reforma de hospitais e postos
de saúde e na compra de equipamentos. Está prevista a construção de 818
hospitais, 601 unidades de pronto atendimento (UPAs) e 15.997 unidades básicas
de saúde. Em 2014, serão investidos outros R$ 5,5 bilhões.
O Governo Federal também está
lançando edital para selecionar 10 mil médicos brasileiros para trabalharem nas
áreas que mais sofrem com a carência de profissionais. As vagas que não forem
ocupados serão destinadas a médicos brasileiros ou estrangeiros formados em
outros países e que receberão licença provisória para atuarem nas localidades
determinadas.
“O Brasil já vinha reclamando de
muito uma proposta que pudesse atacar um dos pontos cruciais das dificuldades
do Sistema Único, que é exatamente a carência de profissionais, especificamente
de médicos, em especial nas periferias das grandes cidades, nas cidades do
interior e hoje até mesmo nos serviços privados”, disse o senador.
Humberto também fez questão de
defender um debate mais amplo sobre o financiamento da Saúde. "Precisamos
agora votar uma proposta que amplie a receita do Ministério da Saúde para que
aí, sem dúvida, tenhamos dão passos enormes, gigantescos para enfrentar os
graves problemas da saúde pública no país", afirmou.
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