terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Inocêncio nega insatisfação com espaço dado por Eduardo ao PR

Presidente estadual do PR, o deputado federal Inocêncio Oliveira negou as especulações de que estaria chateado com a perda da Secretaria de Transportes para o PT, que será comandada pelo líder do Governo na Assembleia, Isaltino Nas­cimento. O parlamentar, inclusive, fez questão de abraçar Isaltino no anúncio do novo secretariado. Também deu um abraço caloroso no governador Eduardo Campos (PSB), que reduziu seu espaço no primeiro escalão. A partir de janeiro, o PR mudará para o Turismo, que, além de ter um orçamento menor, vive na alça de mira pelo escândalo dos shows fantasmas patrocinados pela Empetur.

“Pegamos uma secretaria estruturada. Estou muito feliz, não há qualquer problema de nossa parte com a administração. O governador nos confiou uma nova pasta, uma pasta importante, que garante nosso espaço”, comentou Inocêncio, que indicou o estadual eleito Alberto Feitosa para o posto. “Feitosa tem experiência nessa área. Já dirigiu toda a ação e modernização dos nossos aeroportos. Participou de todo o esforço do Trade Turístico. É um gestor público, servidor de carreira (é policial), tem conhecimento técnico. Tenho confiança”, emendou o governador.

A secretaria foi responsável por uma das maiores dores de cabeça de Eduardo no primeiro mandato. O Tribunal de Contas do Estado deverá julgar, em janeiro, denúncia contra a Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur), envolvendo eventos superfaturados e a realização de shows fantasmas no Interior do Estado, entre 2008 e 2009. O Ministério Público Federal contabilizou um prejuízo de R$ 2,5 milhões aos cofres públicos, e o caso culminou na saída do então secretário, Sílvio Costa Filho (PTB), ainda no ano passado.

Segundo Inocêncio, esse cenário faz parte do passado. “O atual secretário, Paulo Câmara (que assumirá a Fazenda), fez um grande trabalho de reestruturação na pasta de Turismo. Estamos animados com essa nova etapa”, comentou o republicano, que, insatisfeito, teria se recusado a comparecer ao anúncio, antes de ser convencido pelo governador. (Folha de PE)

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