Da Folha.com
Um protesto do candidato do PSOL à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, fez com que a gravação de sua entrevista ao "Jornal Nacional", da TV Globo, fosse interrompida. Em sua primeira resposta, a uma pergunta sobre o fato de o PSOl defender a suspensão do pagamento dos juros da divida e as ocupações de terra, Plínio disse que iria tratar do assunto, mas antes faria uma crítica ao tempo de três minutos que a Globo lhe ofereceu, contra os 12 minutos ofertados a Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB). O candidato disse que "sempre viajou de classe econômica e nunca viu problema nisso", mas que achava ruim que a emissora "criasse uma classe executiva para os candidatos chapa branca".
Segundo o relato de uma pessoa que acompanhava a gravação, os profissionais da TV Globo interromperam a entrevista e propuseram a Plínio que ele gravasse novamente, desta vez sem a crítica, e em contrapartida o apresentador do "JN", William Bonner, diria que o candidato protestou contra o tempo oferecido a ele. Após uma negociação, o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) sugeriu a Plínio que ele gravasse uma crítica mais branda, o que foi feito. A entrevista foi cronometrada e deve ir ao ar na íntegra.
Além do questionamento sobre o pagamento da dívida e as ocupações de terra, o candidato socialista foi questionado sobre a defesa de um novo regime para o país. Plínio respondeu que, embora seja socialista, não pretende criar um caos no país. Ele disse também que é frequentemente questionado sobre a suspensão do pagamento da dívida, mas que ninguém questiona o calote social na população mais pobre nas áreas de saúde e educação. A entrevista foi gravada pela manhã no Rio de Janeiro e deve ir ao ar à noite.
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