quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Aécio garante apoio a Eduardo caso não chegue ao 2º turno

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o senador mineiro Aécio Neves, disse nesta quinta-feira (12) que caso não chegue ao segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto apoiaria a candidatura do governador Eduardo Campos (PSB), que também deve estar no páreo do ano que vem. O senador não tem convicção sobre a reciprocidade do apoio por parte do socialista, mas disse que 'acredita cada vez mais' nessa possibilidade, porque, segundo ele, o governador deve adotar um 'discurso de oposição' durante a campanha eleitoral.

Aécio e Eduardo encontraram-se no fim de semana no Rio de Janeiro e discutiram cenários eleitorais e possíveis alianças em alguns estados, mas o tucano evitou dar detalhes do que ficou acertado. Ao longo do ano, os dois conversaram várias vezes e têm feito alguns movimentos conjuntos como oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

O tucano mostrou-se confiante numa chance de vitória nas próximas eleições, mesmo tendo que enfrentar a petista, líder nas pesquisas eleitorais, que indicam ainda uma possibilidade de reeleição em primeiro turno. Segundo o senador mineiro, a presidente não tem uma bandeira expressiva de sua gestão e haverá entre o eleitorado uma fadiga depois de doze anos da administração petista no Governo Federal. Além disso, ele aposta no sentimento de mudança captado recentemente pelas pesquisas.

Aécio tem certeza também que os movimentos políticos do ex-governador de São Paulo José Serra, que ainda poderia tentar disputar a Presidência em 2014, não prejudicarão a unidade do PSDB para o pleito do próximo ano.

Aécio avalia que a oposição termina o ano bem posicionada nas pesquisas e que a cobertura desigual da mídia e a força de propaganda do governo não permitem um desempenho melhor nesta altura. Ele aposta que a partir de abril, quando as candidaturas ficam mais claras, vai ser possível um novo avanço nas sondagens eleitorais.

Mas o tucano aposta que uma virada - ou mudança drástica - no cenário eleitoral só ocorrerá depois da Copa do Mundo e é aí, segundo ele, que reside a dificuldade para as candidaturas de oposição. Como a competição é no Brasil, a população só ficará atenta ao debate político entre agosto e setembro, o que na prática cria uma campanha eleitoral muito curta e torna o jogo mais difícil para quem está na oposição. (Exame)


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