O secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, volta nesta quinta-feira (16) à Brasília - com menos de 15 dias que esteve na capital federal -, para tratar de um assunto de extremo interesse para a pecuária local: o reconhecimento de Pernambuco como Área Livre de Febre Aftosa com Vacinação. A discussão será novamente com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Serrano, e dessa vez, o Governo do Estado deve sair com a data marcada para a sorologia – coleta de amostras de sangue de animais nas propriedades, cujo resultado vai conferir, até dezembro, a nova condição da pecuária pernambucana.
O status Livre de Aftosa com Vacinação será dado pelo Mapa em âmbito nacional e o próximo passo será o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), deixando o Estado, que tem dois (02) milhões de cabeças de bovinos e bubalinos apto para comercializar no mercado nacional e internacional que pagam preços mais competitivos. “Pernambuco tem se preparado para isso ao longo dos anos e, especialmente, de 2007 para cá, o Governo do Estado investiu mais de R$ 16 milhões no Programa de Defesa Sanitária Animal de Pernambuco, executado pela Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco – Adagro”, falou o secretário estadual Ranilson Ramos, acrescentando que, nos últimos três anos os índices de vacinação contra febre aftosa foram superiores a 95%.
Investimento - O Governo investiu em capacitação de técnicos (no ano passado foram 20 novos cursos nessa área) e ampliou a capilaridade do serviço de defesa com aumento de 88 para 143 escritórios. As unidades foram equipadas com veículos, computadores, internet, GPS, freezers, centrifugas, além de outros equipamentos técnicos. O quadro funcional da Agência também foi ampliado, por meio das contratações de 80 técnicos agrícolas, 40 veterinários e 20 agrônomos. O servidor também foi valorizado com aumento salarial.
“Pernambuco recebeu mais de três auditorias internacionais que elogiaram o trabalho realizado pela Adagro. Isso vem sendo decisivo para que o Mapa reconheça os investimentos do Estado para ter status Livre de Aftosa”, avalia Ranilson Ramos que vai à Brasília acompanhado da gerente geral da Adagro, Erivânia Camelo. Outros secretários do Nordeste também têm participado do encontro no Ministério para reivindicar mudança de status. Na região, apenas Bahia e Sergipe são reconhecidos como estados Livres de Aftosa com Vacinação.
A febre aftosa é uma doença viral contagiosa que afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos, suínos e outros animais que possuem cascos fendidos. A preocupação em torno da doença se deve aos prejuízos econômicos, já que a disseminação ocorre de forma muito rápida, sendo a propriedade, onde a doença é detectada, interditada, proibindo-se a venda de carne e seus derivados.
Os principais sintomas são aftas na boca e na gengiva, feridas nas patas e nas mamas. O animal apresenta febre alta, perda de peso, dificuldade para pastar e produzir leite, além de dificuldade para se alimentar e se locomover. Na bovinocultura de leite, é grande a perda de produtividade, causando grandes prejuízos econômicos.
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