terça-feira, 6 de novembro de 2012

Fiat escuta a população de Goiana para a instalação da montadora‏

O projeto da fábrica da Fiat foi tema de audiência pública realizada 
pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) a fim de discutir os 
impactos decorrentes da implantação do empreendimento no município de 
Goiana, na zona da mata Norte de Pernambuco. A discussão aconteceu no 
ginásio da SESI- Goiana e reuniu cerca de 500 pessoas numa plenária 
aberta ao público. O presidente da Federação das Indústrias de 
Pernambuco (Fiepe), o deputado federal Jorge Côrte Real, esteve presente 
no evento.
 
Na ocasião, foi apresentado o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do 
projeto que está disponível para consultas no portal da CPRH 
(www.cprh.pe.gov.br). O estudo mostra que o projeto é viável do ponto de 
vista ambiental, estando os impactos positivos acima dos negativos. 
Assim como do ponto de vista social, uma vez que haverá a dinamização da 
economia local com a geração de emprego e renda, a valorização 
imobiliária e a qualificação profissional etc. No estudo, a Fiat e a 
CPRH recomendam que haja uma interação entre o Estado e Município para a 
melhoria da infraestrutura a fim de evitar problemas resultantes da 
instalação da fábrica.
 
Para o presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real, a instalação da Fiat é 
algo diferente de um passado recente. Trata-se de um investimento que 
vai se harmonizar à cidade e, consequentemente, se espalhar pelos 
municípios vizinhos mudando a realidade social de todos. “A partir desta 
audiência pública a sociedade sairá mais consciente do que significa 
esse investimento”, disse o presidente lembrando a importância da 
qualificação profissional e do investimento da Fiepe e da Confederação 
das Indústrias para a construção do Senai- Goiana, que faz parte do 
projeto de expansão dos centros de educação. Serão investidos R$21,5 
milhões.
 
A fábrica da Fiat deve ocupar uma área de 440 hectares, às margens da 
BR-101, nas imediações do quilômetro 13, em Goiana, e tem investimento 
de R$ 4 bilhões. A indústria vai produzir de 200 a 300 mil carros por 
ano, tendo como principais processos produtivos: estampagem, soldagem, 
pintura e montagem final.
O parque de fornecedores, com toda a infraestrutura necessária para a 
produção dos componentes empregados na fabricação dos automóveis também 
funcionará no local. De acordo com Adauto Duarte, diretor de Relações 
Industriais da Fiat, nos próximos meses será entregue a obra de 
construção do galpão. “Por uma questão de logística, os fornecedores da 
Fiat se instalarão logo”, disse.

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